Oferta de leitos a pacientes
de Covid-19 informada pela
Sespa não é real, diz o MP

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Belém, sexta-feira, 9 de abril de 2021

Os dados sobre disponibilidade de leitos no Pará para pacientes de Covid-19 disponibilizados no site oficial da Secretaria de Saúde não batem com as informações contidas no banco de dados do Sistema Estadual de Regulação. A Secretaria “não está agindo com clareza”, conforme o Ministério Público, em ação ajuizada na última quarta requerendo a divulgação diária e transparente dessas informações. Segundo um dos promotores do caso, a taxa de ocupação de leitos (foto) hoje está na casa de 95%.

Fila de espera

Trocando em miúdos: enquanto houver fila de espera de paciente por leitos para tratamento da doença não há vagas disponíveis, mas é justamente o que a Secretaria de Saúde não informa, gerando cada vez mais preocupação e embaraço entre pacientes e familiares. Dados do MP levantados até a última segunda-feira apontam que o Pará contabilizava mais de 426 mil casos confirmados da Covid-19, com 10.825 óbitos.

Todo cuidado

Pacientes que tiveram formas leves da Covid-19 estão sujeitas a desenvolver casos mais graves da doença, segundo estudo da Fundação Oswaldo Cruz divulgada nesta semana. Para a Fiocruz, doentes assintomáticos ou com formas brandas da doença não chegam a desenvolver a imunidade necessária, ficando passíveis de nova infecção, ao contrário do que imaginavam os cientistas. Portanto, todo cuidado é pouco…

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Nem o bispo

Em meio à crise social causada pela pandemia, os governos federal,  estadual e municipal acabam criando suas próprias regras de conduta, enquanto o Judiciário e o Legislativo jogam mais lenha na fogueira. Afinal, escolas públicas e particulares permanecem fechadas ou abertas? Os portos regionais, praias, casas de shows podem funcionar? Templos e igrejas, mesmo com a decisão monocrática do STF, receberão fiéis (foto)? P.S: não adianta reclamar ao bispo, pois ele também está em sistema de clausura.

Revalida em foco

O Conselho Federal de Medicina volta a pressionar a Câmara dos Deputados para não votar dois projetos de lei que preveem permitir a portadores de diplomas médicos obtidos no exterior a prática profissional no País.  Para o Conselho, ou esses profissionais passam pelo revalida ou nada feito – sob pena de causarem danos à já combalida saúde pública brasileira e mesmo aos profissionais formados no País. Segue a polêmica.

Dois pesos

A Comissão de Direitos Humanos da OAB se debruçou sobre os áudios vazados da suposta conversa entre integrantes do Comando Vermelho e representantes do Sistema Penitenciário e concluiu que a Seap ignorou solenemente o cumprimento da Lei de Execuções Penais. Explica-se: a Ordem tentou negociar com o Sistema benefícios estabelecidos em lei em favor dos detentos e foi rejeitada, o mesmo não acontecendo com relação às exigências da facção criminosa. Os áudios deixaram isso bem claro.

Perigo à vista

O governo federal editou medida provisória que libera automaticamente a emissão de licenças ambientais com até médio risco sem a participação humana. O documento estabelece que, nos casos em que o grau de risco da atividade seja considerado médio, na forma da lei, o alvará de funcionamento e as licenças serão emitidos automaticamente, sem análise humana, segundo as regras criadas por Comitê Gestor da Redesim.

Bola cheia

A Região Nordeste deve receber mais de um terço do total de investimentos previstos na proposta orçamentária para 2021. O projeto foi aprovado em março pelo Congresso Nacional e aguarda definição do presidente da República, que tem até o dia 22 deste mês para sancionar ou vetar a matéria. A região será contemplada com R$ 7,4 bilhões em investimentos, 35,9% do total de R$ 20,6 bilhões previstos para todas as regiões do País.

Nem tanto

A Região Norte fica em segundo lugar no ranking de despesas com investimentos, com R$ 3,9 bilhões (18,8%). Em seguida, aparecem as regiões Sudeste, com R$ 3,5 bilhões (17%); Centro-Oeste, com R$ 2,9 bilhões (14,2%); e Sul, com R$ 2,8 bilhões (13,8%). O relator-geral da proposta orçamentária, senador Marcio Bittar (MDB-AC), mais do que dobrou a previsão total de investimentos para 2021: o aumento foi de 102,9%.

Manha do futebol

Fato curioso ocorreu no embate pela Champions League entre Bayern 2X3 PSG, quarta-feira. Logo após marcar o segundo gol da partida, o brasileiro Marquinho se atirou no gramado e levou a mão à virilha esquerda, sem, no entanto, haver qualquer jogada que identificasse provável estiramento. Foi substituído e saiu mancando. Minutos depois, o zagueiro aparece nas cadeiras com um saco de gelo na virilha direita. Ué, não era na esquerda?

Segue a farra

Bandidos fortemente armados, que vêm agindo soltos na PA-150 – já noticiado aqui – sem ser incomodados pela Polícia, tomaram de assalto, quarta-feira, caminhão frigorífico carregado de queijo oriundo de um laticínio de Tucuruí e que trafegava entre Goianésia e Tailândia, à altura de Águas Claras. Além de machucarem bastante o motorista, os bandidos “despacharam” o pobre coitado em um ramal de difícil acesso, sumindo com o veículo e a carga.

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  • Desgraça pouca é bobagem: o MP pediu a prisão preventiva do chefe da Casa Militar do governo Helder Barbalho, tenente-coronel Costa Júnior (foto), acusado de prática de organização criminosa, peculato, corrupção passiva e ativa.
  • A Associação dos Funcionários do Banpará encaminhou documento ao governador Helder Barbalho denunciando o “sistema de escravidão” em que vêm trabalhando nesta pandemia.
  • De fato, com o pagamento de auxílios, os servidores trabalham até aos sábados, estando inclusive sujeitos a enfrentar as aglomerações dentro das agências. Até agora o governador não manifestou qualquer aos queixosos.
  • A rede de farmácias Pague Menos disponibiliza desde quarta-feira, a opção de agendamento online para os testes de Covid-19 em suas unidades em todo o País.
  • O TCM deu sinal verde para a Prefeitura de Belém contratar organizações da sociedade civil para o atendimento da educação infantil em na capital.
  • A coluna homenageia o amigo Alyrio Sabbá,  vítima de complicações decorrentes da Covid-19. O Pará segue acumulando perdas, inclusive de muitos jornalistas.
  • Idosos da Comunidade Melancial, em Oeiras do Pará, ainda não viram a cor da vacina contra a Covid-19, que o digam agentes comunitários de saúde que atuam na área.
  • Uma equipe dessas equipes, aliás, esteve na comunidade para fazer “uma ação” contra a doença, mas, curiosamente, não levou um frasco de vacina sequer. Ação? Que ação?
  • Um pirarucu – acredite -, peixe natural da Bacia Amazônica, foi identificado no rio Caloosahatchee, Flórida, nos EUA. Mais um predador para preocupar o Tio Sam.
  • Políticos de Brasília mostram-se divididos em relação ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao seu poder de dinamizar a aplicação da vacina nos quatro cantos do País e de impor medidas restritivas que não são de agrado do chefe Bolsonaro.
  • O presidente, por sua vez, está em uma sinuca de bico com as recentes pesquisas, indicando que ele é o maior  responsável pela morte e contaminação de milhões de pessoas nesta pandemia.
  • E nada de o Congresso Nacional colocar em votação o tal Marco Regulatório do Gás, que prevê eliminar o monopólio da Petrobrás e baratear o preço final do botijão.
  • Com o combustível, a história se repete: as distribuidoras têm concessão da ANP para comercializar, agem como atravessadoras, ganham dinheiro fácil e jogam a cota para o consumidor final pagar.
  • O Dnit, vinculado ao Ministério da Infraestrutura, fez a transposição de mais uma embarcação pelas eclusas de Tucuruí, no rio Tocantins, sudeste do Pará.
  • A medida viabilizará a navegação em trecho de 495 quilômetros entre a cidade de Marabá e o Porto de Vila do Conde, em Barcarena.
  • Dessa forma será possível que as embarcações subam ou desçam rios ou mares em locais onde há desníveis – barragens, quedas de água ou corredeiras.
  • A Mineração Rio do Norte investiu mais de R$ 8 milhões em ações de ampliação do atendimento de saúde básica e medicina preventiva em favor de 25 comunidades quilombolas e ribeirinhas.
  • Os investimentos garantem compra de equipamentos hospitalares, cilindros de oxigênio e mobiliários para hospitais de Oriximiná, Terra Santa, Faro e Óbidos, no oeste do Pará.