José Conrado, da Fiepa, Clóvis Carneiro, da Associação Comercial e José Maria Mendonça, do Centro das Indústrias assinam nota contra campanha do banco  Bradesco denunciando cobrança exorbitante de juros e seus reflexos sobre a saúde financeira das empresas e do próprio meio ambiente/Divulgação.  

Nota de “repúdio e indignação” circula nas redes sociais e grupos de mensagens em Belém colocando, de um lado, a Federação das Indústrias, a Associação Comercial e o Centro das Indústrias do Pará e, do outro, o Banco Bradesco. O documento leva a assinatura dos respectivos presidentes – José Conrado, Fiepa; Clóvis Carneiro, ACP; e José Maria Mendonça, CIP – e trata do comercial intitulado “Carbono neutro-Transforma o futuro”, veiculado nas grandes redes nacionais de televisão. Na mensagem, o Grupo Bradesco “incentiva o povo brasileiro a deixar de consumir carne bovina”, narrativa que as classes empresariais do Pará consideram de “extrema má-fé”. A nota abre com Êxodo 22:25: “Se fizerem empréstimo a alguém do meu povo, não cobrem juros dele; não emprestem visando o lucro” – o que dá o tom da ira que a propaganda do Bradesco provocou.

Diz o documento que, em se tratando de proteção ao meio ambiente, é sabido que as pessoas que se dedicam ao tema de forma honesta sabem que “o maior inimigo do meio ambiente é a pobreza e a miséria”, para considerar em seguida que “toda vez que uma empresa fecha as portas por não ter honrado compromisso devido aos juros criminosos cobrados por instituições financeiras, cria um bolsão de miséria” no entorno do empreendimento falido.

E conclui: a instituição Bradesco, se realmente desejar proteger o meio ambiente, poderia liderar uma campanha entre seus pares baixando os juros para patamares civilizados. Dessa forma, as empresas não seriam levadas à insolvência e criariam riqueza – “esta sim, protetora do meio ambiente de forma perene”. E mais: “verifica-se que a diminuição da volúpia por um lucro criminoso é a melhor forma de se proteger o meio ambiente”.