Dados do Boletim Infogripe, com base em levantamento da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apontam que casos de covid-19 estão em alta em pelo menos 15 Estados brasileiros, dentre eles do Pará. Belém apresenta sinais moderados, mas preocupa. Segundo levantamento do Sintepp Belém durante o pico da pandemia, mais de 200 trabalhadores em educação foram vítimas do vírus e os que não vieram a óbito sofrem ainda hoje com as sequelas.
A preocupação está estampada nas redes sociais da entidade e envolve a exposição dos trabalhadores em educação, sobretudo auxiliares de serviços gerais, merendeiras e pessoal que trabalha nas secretarias, razão pela qual irá pedir reunião de emergência com a Secretária e o Conselho de Educação. A ideia é exigir a retomada de protocolos sanitários nas escolas e unidades de educação infantil.
Segundo a professora Silvia Letícia, coordenadora-geral do sindicato e representante da categoria no Conselho de Educação, “não se pode descuidar em nenhum momento dos protocolos sanitários. A pandemia não acabou e dezenas de pessoas ainda são vitimadas pela mutação do vírus. O poder público deve se antecipar. Estamos preocupados não somente com o setor da educação, mas com todo o funcionalismo público municipal, diariamente exposto ao contágio”.
Volta dos protocolos
Determinar a volta dos protocolos emergenciais, segundo Silvia Letícia, significa o uso de máscaras, material de limpeza, álcool em gel, distanciamento social, ventilação, iluminação e organização dos espaços, além da vacinação de crianças que, segundo o Ministério da Saúde e a própria Secretaria de Educação.
Saberes e aglomeração
Começa hoje e vai até amanhã o seminário “Compartilhando saberes, da Prefeitura de Belém, através da Secretaria de Educação. O evento vai reunir, aliás, aglomerar, a partir das 8 horas, no Hangar, todos os trabalhadores e trabalhadoras da rede de educação do município e a grande preocupação do Sintepp é que não foi nem ouvido, nem cheirado sobre o evento.
“Estamos alertando para o crescimento, segundo a Fiocruz, dos casos de contágio pela nova variante do vírus. Segundo o portal do Ministério da Saúde, as primeiras doses da vacina bivalente covid-19 devem chegar ao Brasil somente no começo de dezembro. Não podemos esperar. O que aconteceu na cidade de São Paulo, onde as autoridades ignoraram os alertas científicos e somente após um mês de comprovado aumento da infecção resolveram voltar com a exigência de máscaras em locais fechados, salas de aula e transporte coletivo, e o uso de álcool gel”, completou.
Apelo ao bom senso
O Sindicato apela para o bom senso dos gestores municipais para que escute a ciência e que se possa tomar de forma imediata providências para que o pesadelo vivido em 2020/2021 não se repita, poupando-se em especial das crianças atendidas nas escolas e unidades de educação infantil do município.