O médico Mário Júnior aparece como suposto interessado na compra ou arrendamento da unidade de saúde, enquanto as redes sociais do município clamam por melhores dias na saúde da população/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

Tudo aponta para o fim melancólico, mas previsível das atividades do Hospital Santo Antônio Maria Zacaria, pertencente à Diocese de Bragança, município do nordeste do Pará. São fortes os comentários dando conta da iminente venda ou arrendamento da unidade de saúde, que vive, provavelmente, desde o início deste ano, uma das piores crises financeiras, com denúncias de má gestão, corrupção e desmandos.

A Diocese de Bragança, que entregou a direção do hospital e um equipamento milionário da Igreja sob controle de uma gestão temerária perdeu o controle da situação e se encontra endividada, ao passo em que o hospital, aos poucos, segue perdendo credibilidade e a referência com que dourou sua história na região.

A coluna não conseguiu confirmar a informação, nem junto à diocese, nem junto às Irmãs Missionárias de Bragança, administradora da unidade de saúde. O que se diz é que a diocese quer se livrar do trambolho para escapar do endividamento milionário, ainda que mediante pedido de falência. Sabe-se que a Congregação dos Padres Barnabitas, fundadora do hospital, há muito se desencantou com os rumos tomados pelos equipamentos da Igreja em Bragança e região, de valor inestimável, mas não costuma se manifestar sobre a situação.

Comprador interessado

Em Bragança, o que chama a atenção é o nome do suposto interessado na compra ou arrendamento do hospital, o secretário de Saúde do município, Mário Júnior. Mário Júnior é atual vice-prefeito de Bragança, ex-diretor do hospital e tido como uma espécie de ‘testa de ferro’ de Irmã Estelina Oliveira, gestora do hospital há mais de 35 anos. Sua participação em eventual negociação com a Diocese de Bragança envolvendo o hospital estaria irremediavelmente atrelada à freira.

Atendimento em baixa

Recentemente, as redes sociais de Bragança, que têm explorado a crise financeira do hospital à exaustão, mostraram imagens de um paciente que veio a óbito por suposta falta de atendimento. A morte do jovem comoveu a cidade, que nos últimos meses sofre os efeitos da má gestão, denuncia atrasos de pagamento de funcionários e a debandada de médicos igualmente sem salários ou com atrasos de mais de seis meses.   

A falta de medicamentos e insumos virou rotina e os atendimentos do hospital despencaram, deixando a população da região desassistida.

Papo Reto

Divulgação
  • A vice-governadora eleita do Pará, Hana Ghassan (foto), saiu do olho do furacão político e foi parar em Oxford, na Inglaterra, onde participa de encontro de líderes
  • O mercado brasileiro acusa certo travamento em ações de investimentos no País desde o resultado do segundo turno das eleições presidenciais, além de adiamentos na implantação de projetos já em curso.
  • No caso do Pará, chamou atenção a desistência do Grupo Líder em assumir lojas do Grupo Nazaré, ao devolver a loja da 14 de Março, no bairro de Nazaré e encerrar a negociação quanto à loja da Augusto Montenegro. 
  • O Parazão vai começar com o Mangueirão inacabado, mas pior é para São Francisco e Tapajós, de Santarém: a conclusão do Colosso do Tapajós ficou só na promessa de Helder.
  • As duas equipes vão ter de jogar em outra cidade. Também o Águia não consegue ver o novo estádio da cidade concluído, devendo continuar usando o acanhado Zinho Oliveira.
  • Belém perdeu a segunda seguida para o interior na eleição para presidente do Crea. Em pleito recente venceu Adriana Falconeri, que é de Santarém, sucedendo Renato Milhomem, de Marabá.
  • Moradores do bairro do Jurunas pedem providências quanto à constante falta de água no bairro. Depois das eleições agravou-se o problema, embora água de chuva seja abundante.
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  • O Instituto de Defesa do Consumidor orienta a população para que não caia em armadilhas na Black Friday.
  • Denúncias de fraudes podem ser feitas no Procon da cidade onde o consumidor reside ou no site da Secretaria Nacional do Consumidor, mas, se a pessoa sofrer prejuízo financeiro é preciso registrar um BO.