Medida contraria modelo tecnológico conhecido no Brasil ao descontinuar esforços para fortalecimento de startups residentes; perdem o parque, as startups e o próprio governo do Estado.

A diretoria do Banpará acaba de determinar o encerramento do módulo de inovação da instituição que funcionou por dois anos no Parque de Ciência e Tecnologia da UFPA, no campus do Guamá. Essas iniciativas estão enquadradas no contexto de grandes bancos de manter contato com ecossistemas de inovação visando conexões com startups para adoção de aplicações de inovação. 

Em âmbito nacional, os bancos Itaú e Bradesco, por exemplo, adotam a modelagem em São Paulo. Em Belém, contudo, do nada, o Banpará mandou descontinuar o módulo, devolvendo funcionários lotados às agências de origem.  Perdem todos: o PCT Guamá da UFPA, que vê seus esforços de fortalecer o naipe das startups residentes diminuir, fragilizando o ecossistema; os clientes do banco, que ficam mais distantes de soluções inovadoras para acelerar o sucesso empresarial; e o governo do Pará, ante a realidade se impondo ao discurso.

Trocando em miúdos: uma coisa é a narrativa de governo antenado e à frente das iniciativas de vanguarda; a outra são as atitudes concretas dos órgãos governamentais em direção ao retrocesso.