O auditor fiscal e proprietário rural George Tavares, fotografado, segundo esclarece, ao negociar passagem de volta para casa com manifestantes que interditam trechos da BR-010, em Dom Eliseu e Itinga. Em Santarém, conforme o vídeo, trecho da área urbana na região metropolitana foi desinterditada hoje/Fotos: Divulgação -oestadonet.

Das tricas e futricas produzidas no segundo turno das eleições no Pará, sobrou para o auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado, George Tavares, falsamente apontado como articular das manifestações que interditam trechos da BR-010 em Dom Eliseu e no lado maranhense de Itinga.

Segundo George, com quem a coluna manteve contato na manhã de hoje, o único fato que ele admite como verdadeiro envolveu a colocação de faixas de TNT nas cores da bandeira brasileira em postes de iluminação de trecho da rodovia próximo ao Posto Fiscal Itinga, e não na área de estacionamento da unidade, que foram retiradas supostamente ‘por ordens superiores’’.

George Tavares não é lotado no Posto Fiscal de Itinga, mas na Cecomt Portos e Aeroportos-Belém, com residência no Itinga do Maranhão. Nega ter comandado a interdição na BR-010 e conta que, depois da votação, se recolheu à sua fazenda, que fica distante 22 quilômetros de Itinga do Pará. Segundo ele, na manhã seguinte, de volta para Dom Eliseu, se deparou com a manifestação e teve que negociar passagem. Admite ter conversado com pessoas ligadas ao agro que se encontravam no local, quando foi fotografado; e nada mais.

Faixas retiradas

No caso das faixas de TNT afixadas nos postes da rodovia, conta que, durante o ato, ele e outras pessoas que participavam da ação foram vistas por policiais rodoviários federais e da Força Nacional, mas não foram incomodados, até a suposta ordem para retirada do material, que não classifica como peças publicitárias – podendo servir até como ‘enfeite para a Copa do Mundo’, acrescenta.

A surpresa veio por conta da retirada das peças, o que gerou pequeno desentendimento com a pessoa responsável, com quem discutiu, mas sem a tal agressão. George diz que não tem conhecimento de registro de B.O, mas admite, pois sabe que o funcionário que fazia a retirada do material foi conduzido para Dom Eliseu.  

Lugar errado

Tudo indica, portanto, que George estava no lugar errado, na hora errada, no caso da interdição da rodovia, e que, na colocação das faixas, não estava fazendo nenhuma propaganda direta para o candidato Jair Bolsonaro, mas apenas exercendo um existe democrático pela via da pluralidade de pensamentos e ideias.