Nota pública assinada pela Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal dá conta de que a instituição aprovou em assembleia geral medidas e propostas em resposta ao posicionamento do presidente Jair Bolsonaro de não promover a reestruturação das carreiras policiais da União, entre elas paralisações parciais e progressivas, ações de mobilização e conscientização da população durante as atividades de controle imigratório, de armas, de produtos químicos e de segurança privada.
Prejuízos para a sociedade
Segundo a associação, mesmo com orçamento reservado para a reestruturação das carreiras, o governo decidiu não honrar com o compromisso, gerando um clima de revolta e insatisfação generalizada na instituição. O calendário das manifestações ainda está sendo montado, mas prevê alertar a sociedade para o fato de que “a desvalorização dos Policiais Federais implica diretamente enfraquecimento do combate à corrupção e ao crime organizado”. A Associação apontará perdas significativas que vem penalizando a categoria, com destaque para o desamparo à família do policial morto em serviço, redução real do salário, trabalho em regime de sobreaviso e não remunerado ou compensado, entre outras.
Relação 12 para 12 mil
Outro ponto das manifestações deverá se concentrar na ausência de profissionais capacitados para dar apoio psicológico aos servidores. Há apenas doze psicólogos em toda a Polícia Federal para atender 12 mil policiais, ainda que a instituição detenha um dos maiores índices de licença por transtornos psicológicos, incluindo suicídios.