Uma trama mal engendrada – mas tida e havida como ‘bem urdida’ pelo alto escalão da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado, uma vez que teria convencido até o governador Helder Barbalho -, acabou por mandar para o olho da rua servidor que se encontrava em gozo de férias, mas trabalhando na campanha de reeleição do governador.
Motivo: denúncias encaminhadas à coluna e blogs dando conta do aluguel de um prédio onde a Secretaria se instalaria, à avenida Conselheiro Furtado, depois de pagar o contrato durante oito meses sem usufruto. A direção da Secretaria foi cobrada pelo governo e respondeu sordidamente, achando um ‘culpado’ pelo vazamento da informação.
Traição, marido e sofá
Mal comparando, é como o marido enganado dentro de casa, cuja reação – certo ou errado -, foi trocar o sofá. No caso da Secretaria sob gestão da professora Edilza Fontes, o informante transita nos gabinetes da casa, onde se encastelou, espertamente, para garantir o emprego. O vetor da denúncia foi o mesmo contratado para obras de reforma do prédio da Conselheiro Furtado, acabou se tornando ‘técnico’ em manutenção de equipamentos de informática e tomou chá de sumiço depois de flagrado por câmeras de vigilância da rua com alguns computadores ensacados como lixo para supostos comparsas que o aguardam na esquina – pula essa parte que esse caso infame parece ter sido arquivado.
O caso como aconteceu
Por uma questão de Justiça, convém relatar o seguinte: e-mail disparado no dia 26 de setembro por uma secretária para todas as diretorias comunicou a má qualidade das obras de reforma do prédio onde a secretaria se instalara. Nesse dia, o funcionário escolhido para ‘pode expiatório’ contava exatos quatro dias para o término do período de três meses de férias acumuladas nos quatro anos anteriores – julho, agosto e setembro -, e mais o mês seguinte – outubro -, em que continuaria na campanha de reeleição de sua excelência o governador.
Ocorre que foi chamado para se reapresentar ao serviço no dia 22 de outubro, ‘para resolver uns problemas’, mas só o fez, por questão de foro íntimo, no dia 24. Ao chegar, encontrou uma sala sem computador e nada disse. No dia seguinte, 25, voltou ao trabalho e foi recebido na portaria por colegas, quando soube que estava exonerado do cargo como suposto responsável pelas denúncias então publicadas.
E deu-se a injustiça
Tido como Judas, o servidor se viu sem emprego e sem apoio, dado que até os coordenadores da campanha se recusaram a atendê-lo – prova de que a corda sempre arrebenta no lado mais fraco -, mesmo que para tanto até o governador tenha sido torpemente enganado.
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Papo Reto
- O governo do presidente Lula revogou norma sobre exploração madeireira em terras indígenas, justificando que a medida “violava a Constituição e o Estatuto do Índio, além de infringir tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário”.
- Na mesma batida, anunciou a saída do consenso internacional de Genebra, documento assinado em 2020 com outros 30 países, firmando posição contra o aborto e pelo reconhecimento da família como base da sociedade.
- A atividade econômica cresceu míseros 0,1% em novembro, graças ao desempenho positivo da agropecuária e da indústria.
- Aliás, o valor da produção agropecuária fechou 2022 em R$ 1,189 trilhão, puxado pelo crescimento das exportações do agronegócio e dos preços agrícolas.
- Já o setor de serviços, que apresentou preocupante retração em novembro, após seis meses consecutivos de crescimento, ingressou em cenário nebuloso.
- Médico, engenheiro, empresário, professor, dentista? Claro que não! Pesquisa recente da Morning Consult aponta que 85% dos jovens, hoje, sonham mesmo é com a carreira de influenciador digital.
- Fica claro que a garotada está passando muito mais tempo do que deveria nas redes sociais, consumindo informações e executando atividades que nada acrescentam ao seu futuro.
- Não à toa, estudos comprovaram que o mundo está diante de uma geração com QI inferior à de seus pais.
- Geração de idiotas? Bem, o neurocientista francês Michel Desmurget e outros estudiosos consideram que o ócio excessivo dos “nativos digitais” ante as telas dos smartfones tem relação direta com a carência de socialização, a falta de criatividade e a diminuição da capacidade cognitiva dos jovens de hoje
- Pausa para reflexão, né?