Técnicos da Prodepa foram convocados no meio da noite para reabilitar o sistema, derrubado por queda de energia, segundo informações chegadas à coluna. Durante o período crítico, problemas se avolumaram na segurança pública/Agência Pará.

Suposta queda de energia elétrica tirou do ar, no início da noite de ontem, a empresa de processamento de dados do Pará, Prodepa, comprometeu completamente o sistema das Polícias Civil e Militar e, de quebra, deixou a população desassistida na área de segurança pública. Fontes da coluna informavam ontem, por volta da meia-noite, que o alto comando da Segurança Pública agiu no sentido de colocar todos os delegados lotados na Região Metropolitana de Belém em estado de alerta. Do início do apagão até a madrugada de hoje, as informações eram de que a população estava totalmente sem acesso aos serviços policiais, com casos de homicídio e óbitos sem registro e vítimas para serem removidas igualmente desassistidas. Pelas informações de fontes da própria Polícia, em situações como a de ontem à noite não se pode dizer que a segurança está “sob controle” no Pará.

Protesto de caminhoneiros
exige mobilidade e balanças

Em “estado de greve” desde meados deste mês, os caminhoneiros começaram a se concentrar ao longo da BR-316 desde as 4 horas da madrugada de hoje. Em documento encaminhado ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o presidente do sindicato da categoria no Pará, Tadeu Ribeiros dos Santos, anunciou “protesto sem fechamento de via”, mas, tudo indicava, alguns profissionais do setor queriam mais. E o protesto não tem apenas o preço do óleo diesel como pano de fundo: no Pará, eles querem trânsito sem restrição na entrada e saída de Belém, fiscalização ininterrupta com aferição de peso nas balanças para evitar excesso de carga e segurança nas estradas.

Detran garante rigor
na conferência de peso

O Detran garante que se faz presente na PA-391 – estrada de Mosqueiro-, BR-316 e no km 10 da PA-483, Alça Viária, com balanças de conferência de peso de cargas, reforçando a importância da aferição para a boa manutenção das vias estaduais. O órgão também atua em outras rodovias, em parceria com a Secretaria de Transporte e Polícia Rodoviária Estadual. Que o excesso de peso, além de danificar prematuramente o piso asfáltico, também representa sério risco ao condutor e terceiros, por interferir diretamente na condução do veículo.

Flexibilização de horário
e facilidades não existem

Segundo o Detran, a fiscalização, de fato, deve ser rigorosa, porém, não seletiva, considerando denúncias de dezenas de caçambeiros que não trabalham transportando material para as obras do Estado. Em uma rede social, donos de caçamba se dizem “perseguidos” por agentes do governo. “Eles não perdoam se passar um quilo sequer do peso máximo”, diz um deles. Diretor de Fiscalização do Detran, José Bento Gouveia nega que exista flexibização de horários,  “facilidades” no ir e vir de quem transporta materiais para as obras do Estado e perseguição aos demais. Diz ele que os caçambeiros só precisam se cadastrar no sistema, observando os itens de segurança exigidos à atividade.