Não convidem para a mesma sessão de cinema, ainda que o filme tenha sido produzido em Hollywood, a secretária de Cultura do Pará, Úrsula Vidal e a turma da Agência Nacional do Cinema – a Ancine – que trata de financiamento de produção de filmes, documentários e afins. Na última semana, um oficial de Justiça bateu na porta da secretária de Cultura do Pará, mas Úrsula não se encontra em Belém – integra a comitiva do governo do Estado que participa da Conferência do Clima em Glasgow, na Escócia. Ao que se sabe, Úrsula é uma das 15 pessoas intimadas pela Ancine para tomar ciência de decisão de extinção de crédito tributário, mas isso, necessariamente, não representa dívida junto à Agência do Cinema.
Lei estadual financiou
produção de documentário
Úrsula Vidal, para quem não sabe, também incursiona na área de produção de documentários, para o que já contraiu alguns financiamentos. O que se diz é que a secretária de Cultura do Pará tem problemas a resolver com a Fumbel, em Belém, onde tomou dinheiro, através da Lei Tó Teixeira, para financiar um dos seus projetos – um documentário sobre o fechamento do Lixão do Aurá. Outro problema que a secretária tem a resolver envolve o Fundo Partidário, conforme informações amplamente divulgadas.
Amigos sugerem a Zé Carlos
do PV concorrer ao TCE
Zé Carlos do PV está sendo aconselhados por amigos a se inscrever à vaga do conselheiro Nelson Chaves no TCE. Mui amigos. A verdade é que a vaga é de indicação da Assembleia Legislativa, mas não significa que seja necessariamente preenchida por um parlamentar. De acordo com os princípios republicanos, o presidente da Casa, ao receber a informação da vacância, deveria publicar edital para que os cidadãos que preenchessem as condições de notório saber jurídico e reputação ilibada tivessem o direito de se inscrever. No Pará, porém, a chamada “casa do povo” mudou de dono faz tempo. Ninguém tasca.
Região Norte terá R$ 1,5 bi
para estruturar fibra óptica
Com o avanço do leilão 5G, serão destinados mais de R$ 1,5 bilhão ao programa Norte Conectado, que prevê estruturar uma rede de fibra óptica subfluvial de 12 mil quilômetros na Região Amazônica. Mais de 10 milhões de pessoas serão beneficiados com acesso à internet. Uma rede típica de telecomunicações na Amazônia, enterrada ou posteada, poderia implicar a destruição de 68 milhões de árvores. A rede subfluvial aportará nas principais comunidades amazônicas, sem derrubar uma única árvore.
Papo Reto
- Há quatro anos, mais ou menos, o comentário geral era sobre o “forno” em que funcionava a Estação das Docas. Hoje, o quadro se repete: das 12 até as 15 horas a temperatura local espanta até bombeiro.
- A coluna errou ao dizer que as empresas de táxi aéreo estão migrando para Rondônia por falta de pista para operar em Belém. O novo endereço é Roraima.
- “Diário do Pará” e “O Liberal” estão afinados e a razão é de pleno conhecimento público. O que chama a atenção é fato de que os dois veículos, no mais das vezes, têm publicado as mesmas manchetes em primeira página.
- Alunos em véspera da colação de grau acusam a direção da Unama de coagi-los a pagar uma empresa de eventos para que possam participar da cerimônia.
- Está cada vez mais complicado se movimentar pelas ruas do comércio. Não bastassem os vendedores de roupas e de bugigangas as mais diversas, agora até mesmo serviço de sobrancelhas são realizados lá mesmo, sobre as calçadas.
- Quando a coluna pensa que já viu de tudo, eis que o Remo, cuja situação na Série B do Brasileirão está periclitante, recebe um treinador com mandato tampão e, acima de tudo, por empréstimo – isso mesmo!
- O técnico Eduardo Batista (foto), encarregado de operar o milagre da ressurreição do clube na competição, vem emprestado pelo Mirassol de São Paulo até o final deste ano.
- Criminosos têm se passando por membros do Conselho Nacional de Previdência Social para pedir transferência de dinheiro para liberar supostos valores de benefícios de aposentados.
- Com a falta de componentes eletrônicos no mercado global e a inclusão de novas tecnologias, como a obrigatória eletrificação total de alguns carros, passa a valer a pena para as montadoras vender um veículo caro em vez de dez baratos.
- Resultado: os preços dos carros, inclusive usados, vão disparar ainda mais nos próximos 12 meses – e não apenas no mercado nacional.