Caiu como uma bomba no Pará a informação divulgada nas redes sociais segundo as quais o tenente da ativa da Polícia Militar, Aderaldo Pereira de Freitas Neto estaria negociando com as autoridades policiais portuguesas uma delação premiada em troca de redução de pena, denunciando os chefes da operação do tráfico de drogas no Estado e outros envolvidos. Em Belém, ontem, as conversas nos quarteis da PM especulavam sobre o desconforto causado pelas informações.
No início de julho deste ano, em Lisboa, a polícia portuguesa desbaratou um esquema de tráfico internacional de drogas, durante a operação “Norte Tropical”, na qual foram presos, entre outros, o tenente da ativa da PM, Aderaldo Neto e o empresário Antônio Faria Junior, natural do município de Barcarena. Ambos são acusados de participação em esquema de tráfico internacional de drogas, cujo modus operandi consistia no carregamento ilegal de cocaína escondido em contêiner marítimo, com carga de açaí congelada e origem no Porto de Vila do Conde
Tamanho da carga
A dupla faria parte de um esquema maior, comandado por Ruben Oliveira, conhecido como “Xuxas”, considerado maior traficante português, e por Sérgio Carvalho – o “Major Carvalho”, “o Escobar brasileiro”, ambos presos. A Polícia Judiciária de Portugal informou que a droga seria suficiente para a composição de pelo menos 3,2 milhões de doses individuais.