Em tempos de polarização política, nem tudo é o que parece ser e as circunstâncias chegam ao extremo de fazer da Superintendência do Incra em Belém uma máquina que atende a dois senhores diametralmente opostos no Pará – o deputado federal Eder Mauro e o governador Helder Barbalho. Por extensão, ao Estado, comandado pela família do governador e sob sua total, absoluta e irrestrita influência, e ao governo federal, do presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores acomodados no agronegócio. A ligação entre essas peças é o ex-presidente da União Democrática Ruralista, a UDR, e atual secretário Nacional de Assuntos Fundiários, Nabhan Garcia.
Osso para todos os gostos
Observado através de um scanner, o Incra é um osso do qual se servem – e através do qual se aproximam e tiram seus propósitos -, sem rugidos, o deputado federal Eder Mauro e o governador Helder Barbalho, ainda assim com sobras para interesses terreiros. Sob exame mais acurado, o setor fundiário do Pará está dominado por um grupo não de políticos, mas de advogados.
A influência e o enfluencer
O advogado e influencer digital Miguel Gualberto, atual Superintendente do Incra Belém, foi indicado pelo deputado federal Eder Mauro para o cargo, mas quem direciona as ações do órgão de fato é o também advogado, procurador e atual presidente do Iterpa, o Instituto de Terras do governo do Pará, Bruno Kono. Kono e Gualberto são ligadíssimos. Outro personagem paraense que permeia esse cenário atende pelo nome de Rogério Barra, que vem a ser filho do deputado federal Eder Mauro e pré candidato a deputado estadual.
O dedo do agro também é pop
Independente de ser o presidente do Iterpa, Bruno Kono é tido e havido como um dos melhores advogados agrários do Pará. Devido à sua posição institucional, escalou o advogado Miguel Gualberto como ponte entre o órgão que comanda e o agronegócio paraense. O que se diz é que Gualberto cumpre esse papel com excelência, sendo considerado um advogado militante bolsonarista, resolvendo questões fundiárias cabeludas e cristalizando sua credibilidade no agro, sobretudo na região de Paragominas, que o aproximou de Eder Mauro.
A enganação é generalizada
A missão de Gualberto não é executar a política fundiária nacional, mas tentar eleger Rogério Barra deputado estadual e garantir votos para a reeleição de Éder Mauro. Contudo, independente dessa estratégia, quem opera por trás de Gualberto é o advogado Bruno Kono, gerando uma situação estapafúrdia: a relação engana grupos políticos distintos e que se destacam pela animosidade: a família Barbalho, a família Barra, o agronegócio e os bolsonaristas.
Papo Reto
A cessão de um espaço da Assembleia de Deus Missão, de Marabá, para uma promoção da Polícia Militar acabou provocando uma crise entre as instituições e a indignação dos fiéis.
A promoção incluiu a apresentação de uma quadrilha junina, o que é contra os preceitos da igreja. A crise gerou perdidos mútuos de desculpas entre o pastor que administra o templo a comando local da PM.
A se confirmar as expectativas, Estados e municípios banhados no litoral norte terão enormes receitas de royalties. Por exemplo: os IDHS do Marajó subirão imediatamente, pela variável renda.
Segundo o presidente da ACP, empresários Clóvis Carneiro (foto), se os prefeitos da região investirem em infraestrutura, a transformação será grande.
Detalhe: a empresa vencedora dos quatros blocos do “Pré-sal Norte” só aguarda a Licença Ambiental para trazer o primeiro navio-sonda e iniciar os estudos de viabilidades.
No último sábado, o titular da Sedeme, José Fernando Gomes Jr embarcou para uma visita técnica ao local do projeto dos estudos do aprofundamento do Canal do Quiriri, principal meio de acesso ao Porto de Vila do Conde, em Barcarena.
A Secretaria já tem convênio de cooperação técnica para os estudos de viabilidade do aprofundamento dos canais do Quiriri e Espadarte, na fozno rio Pará.
A visita foi acompanhada por técnicos e pesquisadores da UFPA, entre os quais o diretor do Itec, Hito Braga, e o adjunto, Mércio Cardoso Neto. Os investimentos previstos dão de superiores a R$13 milhões.
Levantamento da TIM feito entre clientes de planos pré-pagos inspirado no Mês do Orgulho LGBTI+ constatou que 47% dos entrevistados acreditam que a discriminação permanece igual ou está aumentando no Brasil.
Entre o público LGBTI+, essa marca chega a 53%. Além disso, apenas 35% se sentem seguros para falar sobre sua orientação sexual e identidade de gênero no ambiente de trabalho.
Entre as pessoas LGBTI+, o índice cai para 28%. A enquete foi realizada com 147,8 mil pessoas, de 23 a 29 de maio.