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Na trilogia “O Poderoso Chefão”, do cineasta  Francis Ford Coppola, Don Corleone (Marlon Brando) destaca que os filhos são a sua fraqueza e, ao mesmo tempo, a melhor forma de os inimigos  o atingirem. Como diz a lenda, “a arte imita a vida”. Cá entre nós, o presidente Jair Bolsonaro parece ser seguidor dessa premissa – e ai de quem ousar se insurgir contra os filhos, seja qual for o motivo e independentemente da traquinagem que cometam. No Pará, o pai Jader Barbalho segue a mesma regra e investe em seus dois rebentos todas as fichas, montando carreiras seguras e milionárias e tentando livrá-los de todo o mal, amém.

Dois fatos recentes podem ser alinhados como interferência paterna em favor do filho, no caso, o governador Helder Barbalho: no primeiro, Jader ingressou com ação junto ao Supremo Tribunal Federal dizendo-se supostamente investigado pela Polícia Federal em inquéritos que envolvem diretamente o filho Helder em denúncias de desvios de verbas repassadas pelo governo federal para o combate à pandemia. Atendido pelo ministro Dias Tofoli, esse foi o “jeitinho” que o senador paraense encontrou para embolar o meio de campo das investigações.

Mais recentemente, a Coluna do Estadão, veiculada em Belém pelo jornal “O Liberal”, publicou nota dando conta de que Helder Barbalho não estaria trabalhando politicamente para aproximar o MDB da família Barbalho do PT do ex-presidente Lula – outra notícia ruim para o governador que o pai Jáder tratou de rearrumar bem ao seu jeito. Quinze dias depois da notícia, eis que a Coluna do Estado “corrigiu” a nota, atribuindo a declaração a Jader Barbalho, e não ao filho Helder. Convenhamos: o senador Jader Barbalho é ou não é um paizão?

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Papo Reto

  • Na Câmara de Belém, o Banpará usa dois pesos e duas medidas: não bastassem juros de consignados maiores aos praticados aos servidores estaduais, esses servidores gozam de contratos de 150 meses, enquanto o pessoal da Câmara tem que pagar em 100 meses.
  • Com recorde histórico na produção de feijão, o Brasil, de janeiro a novembro de 2021,  embarcou mais de 200 mil toneladas do produto e faturou US$ 1 bilhão.
  • Placa afixada nos corredores do Hospital de Clínicas Gaspar Viana dá a “receita caseira” contra a influenza: consumir fígado de boi e tomar chá erva doce ao menos três vezes ao dia.
  • Sabe aquele famoso medicamento chamado Tamiflu? Pois é: contém em sua composição a mesma substância da erva doce e é recomendado contra a gripe A H1N1.
  • Placa por placa, placa afixada pela Prefeitura de Belém aponta que a restauração do calçamento da Praça Batista Campos irá custar a bagatela de R$ 430 mil.
  • Portaria da Infraero datada do último dia 10 fecha definitivamente ao tráfego aéreo o Aeroporto Protásio Lopes de Oliveira, também conhecido como Aeroclube do Pará, a partir de 1º de janeiro.
  • Na área, cedida ao Estado, está prevista a construção do Parque da Cidade, ideia do ex-vereador, ex-deputado e ex-conselheiro do TCE Nelson Chaves desde os anos 1970, mas com projeto da Secult completamente diferente da proposto original.
  • A Câmara de Belém está contratando empresa especializada para elaborar projeto de restauração e modernização de sua sede. O trabalho será da Secretaria de Obras, a Sedop.
  • O que se diz é que, ao deixar a presidência da Casa, o vereador Mauro Freitas também deixou algo cerca de R$ 2 milhões destinados ao serviço. Não deve ser muito, mas ajuda.