Sede de poder e vaidade pessoal colocam três
diretores do Sebrae no Pará na arena da disputa
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Quarta-feira, 4 de agosto de 2021
Não se sabe exatamente o que mais move a diretoria do Sebrae no Pará: a sede de poder ou a vaidade. Por uma ou por outra razão, os três diretores – Rubens Magno, superintendente; Fabrizio Guaglianone, diretor Técnico; e Cássia Rodrigues, diretora Administrativo-financeira – estão se esfolando vivos por conta de uma eleição que só irá acontecer ano que vem, mas em defesa de interesses mais pessoais do que coletivos, o que torna a instituição um grande negócio para eles, até por conta da remuneração que recebem, entre R$ 30 mil e R$ 34 mil. Embora com poder de fogo para apagar essa fogueira de vaidades, o Conselho do Sebrae, com 15 integrantes, segue quedo e mudo.
Conselho se omite
A diretoria do Sebrae no Pará sofre ingerências políticas suficientes para fazer da instituição um negócio de Estado, fato supostamente desconhecido pela direção nacional. O superintendente Rubens Magno é ligado ao governador Helder Barbalho, que também tem a simpatia do diretor Técnico, Fabrizio Guaglianone, e a diretora Administrativo-financeira, Cássia Rodrigues, é ligada ao presidente da Assembleia Legislativa, Chicão Melo. O presidente do quedo e mudo Conselho de Sebrae no Pará é Sebastião Campos.
Debandada geral
Nada mais, nada menos do que 135 filiados da Rede Sustentabilidade assinam manifesto de desfiliação da agremiação partidária por discordância do “projeto personalista e autoritário” conduzido pela atual secretária de Cultura do Estado, Úrsula Vidal. Ao final, apontam “práticas autoritárias e personalistas como causa da mudança da direção estadual para uma direção familiar composta de namorado, comadre, padrasto, servidores públicos e funcionários da empresa de propaganda do seu namorado que acabaram sepultando a última possibilidade de um convívio fraterno e de fortalecimento do partido”.
Chega pra lá
Mais um entre tantos abacaxis atômicos desaguou na já tumultuada mesa de trabalho do governador Helder Barbalho nesta semana: na qualidade de secretário interino da Secretaria de Agricultura e Pesca e, como tal, presidente do Conselho Administrativo da Emater, o ex-deputado Giovane Queiroz foi à sede da empresa encaminhar ritos processuais, mas, avisado por uma “espia”, o deputado estadual Fábio Freitas, que se proclama “rei do pedaço”, peitou o secretário sem a menor cerimônia. “Quem manda aqui é o meu pessoal; o senhor não é bem vindo”. A turma do deixa disse entrou em campo. Ufa!
Bateu o desconforto
Além de lamentável, o vexatório episódio ocorrido na Emater ilustra o desconforto que paira em quase todas as secretarias e órgãos estaduais fatiados por critérios eminentemente políticos sem o menor compromisso com as políticas públicas que o Pará precisa. Mas, aviso não faltou: semana passada, o governador Helder Barbalho foi avisado por apoiadores sobre o que consideram a “irresponsabilidade” de sacrificar a cartilha técnica da Emater. Dizem que o governador entrou em campo, chamando quem de direito às falas, mas, pelo visto, o aviso entrou por um ouvido e saiu pelo outro.
Rabo preso
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis, José Pimentel, não sabe como justificar o atraso no pagamento de valores devidos aos policiais pelo Estado. Está perdido; não sabe o que falar, mesmo depois de três longos anos sem qualquer conquista importante na instituição. Também, pudera: o vice-presidente do sindicato é o vereador Pablo Farah, aliado do governador Hélder Barbalho e goza de um rosário de DAS na máquina pública, sem falar que o diretor Financeiro da Polícia Civil, Rocco Farah, é irmão do vereador. Abaixo, veja o vídeo do presidente do Sindpol, José Pimentel, tentando justificar o atraso de pagamento.
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Negócios na saúde
Bem que a coluna antecipou: servidores da Santa Casa reclamam do “clima” ante o suposto e implacável avanço da terceirização dos serviços do hospital pela atual gestão, e denunciam inclusive a existência de um prédio prontinho da silva para receber novos ambulatórios a serem inaugurados e entregues aos novos donos do negócio. Até o momento, como de hábito, a direção da Santa Casa, que é a cota do deputado Martinho Carmona, a Secretaria de Saúde e muito menos o governador do Estado e se manifestaram sobre o assunto. Está valendo o dito popular segundo o qual quem cala, consente.
- A deputada estadual Nilse Pinheiro foi internada às pressão na manhã da última terça-feira, depois de sentir mal subido durante trabalho na Assembleia Legislativa. A parlamentar está internada na UTI do Hospital Belém, mas passa bem.
- A Secretaria de Administração Penitenciária do Pará volta a alertar seus agentes para riscos de novos ataques do Comando Vermelho. Dessa vez, o aviso vai direto para agentes que moram na rua Franklin de Menezes, em Outeiro, às proximidades do estacionamento da Praia Grande.
- A Diretoria do Círio de Nazaré deve se manifestar definitivamente neste domingo sobre a realização do Círio deste ano. O diretor Albano Martins (foto) irá aguardar a manifestação do arcebispo metropolitano, Dom Alberto Taveira, no mesmo dia.
- Faleceu em Fortaleza, Ceará, na última terça, um dos diretores da extinta TV Marajoara no auge dos Diários Associados, Waterloo Assis, que deixa muitos amigos no Pará.
- Resolvido: a Ures-Reduto, unidade de saúde da Prefeitura de Belém, recebeu água de beber ontem, por volta das 16h30, para a tranquilidade de funcionários e pacientes.
- No Rio de Janeiro, a Polícia Federal conta com moderno centro de combate a grupos criminosos violentos. De caráter permanente, o time especializado na área de Inteligência passa combater facções criminosas, inclusive as metidas em corrupção.
- Banco Central última lançamento do Real Digital, uma representação da moeda já emitida pela autoridade monetária.
- Para vencer resistências de governadores, o relator da reforma tributária, deputado Celso Sabino, cogita cortar o IR Pessoa Jurídica de 25% para 17,5%, em 2022, menos que 15% sugeridos inicialmente, se a arrecadação com o tributo não crescer acima da inflação em deste ano.
- Celso Sabino garante que seu parecer deve prever a tributação de recursos de pessoas físicas em paraísos fiscais.
- Da forma como aprovado pelo Congresso, o mecanismo vai tirar R$4,93 bilhões de gastos em obras e serviços a serem pagos por emendas de bancada estadual.