Advogadas do Pará conseguiram paridade de gênero nas eleições da OAB. Com a decisão da presidência da casa, as mulheres terão a oportunidade de participar da lista sêxtupla e será garantida a paridade. A medida é histórica.
Quase um ano depois de protocolado o primeiro pedido para adoção da paridade na OAB, pela advogada Kelly Garcia, a Ordem decidiu favorável. Depois disso, o pedido foi reiterado mais duas vezes pelos movimentos em defesa da paridade. Kelly Garcia e a advogada Brenda Araújo lideraram a luta pela paridade no Pará e foram à Brasília pedir apoio.
Decisão histórica
A advogada Kelly Garcia, uma das lideranças em favor da paridade no Pará, avalia a decisão como histórica e um passo importante na luta das mulheres no âmbito do Judiciário. “Desde da Constituição Federal de 1988, somente duas mulheres no Pará ingressaram nas listas sêxtuplas da OAB e nenhuma delas foi nomeada desembargadora”, informa a advogada. Agora, o próximo edital de preenchimento de vaga pertencente à OAB adotará o critério de paridade de gênero e de cotas raciais. “Precisamos cada vez mais mulheres em espaços de poder, onde possam decidir e contribuir efetivamente para concretização das políticas públicas já existentes”, opina Kelly Garcia.
Cotas raciais
Além da aplicação da paridade de gênero, a Ordem promete ‘a observação de cotas raciais na eleição do novo representante da instituição pelo Quinto Constitucional.
Papo Reto
- O vagão que pertenceu à Estrada de Ferro de Bragança, que se acha exposto no jardim do Parque da Residência como elemento decorativo, está sendo submetido a um processo de restauração, visto que o seu estado de conservação se mostra bastante comprometido.
- Uma pergunta, porém, se impõe, em defesa do bem histórico: quem está conduzindo esse trabalho tem a devida habilitação para o serviço?
- De Marabá, a coluna recebe a seguinte informação: o deputado Dirceu Ten Caten, do PT (foto), que lançou pré-candidatura à prefeitura recentemente, nunca rompeu os 10 mil votos dentro do município, que conta mais de 141 mil votantes.
- O paraense está mais consciente sobre a importância de proteger o seu futuro e o de suas famílias.
- Dados da Susep apontam que os prêmios de Seguro de Vida e Acidentes Pessoais registraram crescimento de 25,7% no Estado em 2022.
- Portaria conjunta do Ministério da Pesca e do Ministério do Meio Ambiente proibiu sumariamente a pesca industrial da tainha no sul e sudeste do País, por conta do declínio nas reservas da espécie.
- Seguindo esse bom exemplo, que tal se o governo federal ajustasse a lupa para desmantelar de vez a farra da qual há anos é vítima a nossa velha e boa pescada amarela?
- No Pará, a pescada amarela é perseguida impiedosamente 365 dias por ano, 24 horas por dia, em razão da valorizada carne e da disputada ‘grude’ e só tem servido para enriquecer meia dúzia em um cartel escancarado.
- Na verdade, já passou da hora a necessidade do ordenamento dessa atividade, com o estabelecimento de um período de “defeso” para a pescada amarela e outras espécies dos estuários amazônicos.