Agonia de sempre na esquina da rua dos Mundurucus com a Alcindo Cacela, onde veículos entram em pane sistematicamente e passam a dar margem à imaginação. Ontem, mais um ônibus ‘quebrou’, mas por conta das próprias limitações, onde permaneceu por quase três horas sem a presença de um agente de trânsito/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-BelémTrânsito.

Por Olavo Dutra

De todas as lendas urbanas cultivadas em Belém, cidade que, se Deus mandar bom tempo, o prefeito Edmilson Rodrigues ainda vai tornar ‘inteligente’ – não neste, mas em eventual novo mandato -, uma envolve a tenebrosa esquina da rua dos Mundurucus com a Alcindo Cacela.

Dizem que, na mesma esquina por onde tanto trafegam veículos movidos a cavalo, no verão, quando outros movidos a muque, no inverno, uma onda estranha, como as que povoam o afamado Triângulo das Bermudas, assombra ginetes em seus cavalos grandes e pequenos, com carga leve ou pesada, sempre que chove. Anomalias?

Retrato do cotidiano

E no português claro, como hoje é domingo, esse é um pequeno e jocoso relato do cotidiano enfrentado  por usuários de maltratados ônibus da outrora festejada capital paraense que embarcam para fazer a passagem na esquina onde o suposto ponto sinistro desativa máquinas e motores e faz explodir a paciência geral, sem que um agente de trânsito, paralisado pela inércia administrativa, se apresente como salva vidas em trânsito.

Testemunho das águas

Segundo relatam bons observadores de plantão, toda semana, de um a dois ônibus entram em pane na movimentada esquina, gerando um suplício para passageiros e motoristas em meio a engarrafamentos gigantescos, tendo como testemunhas apenas as águas de engolfam pistas e calçadas ao longo do quarteirão. Até os transeuntes congelam.

Ecologicamente correto

Na imagem de uma câmera indiscreta, um ônibus da Via Loc que ficou no ‘prego’ por volta das 11h15 de ontem e só foi ‘resgatado’, então sem nenhum passageiro a bordo, lá pelas 14h20. O lamento de buzinas foi ouvido no tortuoso curso de quase três horas, sem um agente de trânsito sequer – talvez já estejam em treinamento para receber os participantes da COP-30.

A última esperança

A sorte é que o ônibus, segundo observadores da cena, equipado de forma – digamos – ecologicamente correta, à falta do triângulo exigido por lei, pertence ao mesmo proprietário da empresa Boa Esperança – prova de que ainda há esperança de rejuvenescimento da frota, desde que antes que o BNDES abre as torneiras para países amigos e nada sobre para os cá de casa.

Papo Reto

Divulgação
  • Para quem ficou espantado com a construção de um posto de gasolina na área do Aero  Clube e farmácia nas dependências da Beneficente Portuguesa, pode anotar: lava jato particular dentro da sede campestre da Assembleia Paraense. Tudo pelo conforto dos sócios.
  • Aliás, atendendo pedidos de vários associados, voltou o Jantar Dançante dos sábados da Assembleia Paraense, na boate da sede social, à avenida Presidente Vargas, centro de Belém.
  • Thiago Miranda, filho do prefeito de Marabá, Tião Miranda, novo presidente da Fundação Cultural Tancredo Neves é o meia-dúzia. O seis, Igor Normando (foto), virou outra peça no jogo.
  • O que um tem a ver com o outro é que nenhum entende e sequer têm qualquer comprometimento com o setor.
  • O Grupo Líder ficou apenas com os pontos do Nazaré Duque de Caxias e da São Francisco, em obras bem adiantadas. Desistiu dos demais.
  • O campeonato paraense começa com oito estrangeiros. No Paysandu, Hernandez, venezuelano; Jiménez, paraguaio; e Boca Negra, colombiano.
  • No Remo, o paraguaio Richard Franco; no Castanhal, o colombiano Jeferson Murillo; no Tapajós, o nigeriano Denis e o ganês Elvis; no Caeté, o uruguaio Lázaro Zopp.
  • Do Prêmio Esse do Jornalismo Ronaldo Brasiliense: triste é acordar numa cidade às margens do rio Amazonas e não ter água na torneira e lembrar que o companheiro Lula quer financiar, via BNDES, um gasoduto de U$ 650 milhões na Argentina.
  • Empresas que estão prestando serviços para o Estado não estão recebendo porque foi implantado um novo sistema que a própria Secretaria não sabe manejar
  • A trava tecnológica impede até o repasse de recursos para a rede pública de saúde, através de secretária e hospitais.
  • Caixas eletrônicos das agências do Basa emperraram no sábado, deixando milhares de clientes sem poder sacar.  E o Banco do Brasil funciona sem dinheiro nos caixas nos finais de semana.