Houve um tempo em que a publicidade paraense, sobretudo a ligada ao campo das campanhas políticas, era referência, mas aí vieram os baianos e os paulistas e dominaram o setor a tal ponto que nada – ou quase nada – sobrou para quem sempre viveu desse tipo de trabalho por aqui. Não mudaram as agências, nem os publicitários, nem a qualidade dos serviços; mudaram os interesses políticos.
Assim está desenhado o atual cenário, onde o governador Helder Barbalho importa todo um time do Nordeste e de São Paulo para tirar dos locais as vagas e a possibilidade de trabalho em ano eleitoral.
O prefeito Edmilson Rodrigues, seguindo a linha do seu padrinho político, também importou marqueteiro de São Paulo, dando aos profissionais da terra vagas e lugares onde a criação passa bem longe. Talvez por isso alguns publicitários – a maior parte dona de um talentoso sem igual – estejam longe de mostrar o que possuem de boas ideias. As vagas já estão todas ocupadas.
Quando tudo acabar restará a quem sempre trabalhou por aqui ver, bem de longe, o quanto esta terra tem sido promissora para os marqueteiros de plantão – os de fora, claro, bem entendido.