Com um sistema de transporte público considerado de má qualidade e eternizado pela inação das administrações, tanto do Estado quanto do município, a Prefeitura de Belém anuncia a construção de mais um BRT/Fotos: Agência Pará-Comus.

A coluna não sabe – porque não experimentou de corpo presente – quais são as vantagens, mas conhece muito bem as desvantagens de um BRT, principalmente em obras que se arrastam a perder de vista. Mas, estai preparados: o prefeito Edmilson Rodrigues anuncia a construção de um sistema para chamar de seu, o BRT Centenário – fique claro desde já: o nome nada tem a ver com o tempo de execução do projeto. A ideia é criar um novo corredor de transporte rápido interligando a avenida Augusto Montenegro ao Centro de Belém, a partir do Terminal Tapanã, passando pelas avenidas Centenário, Júlio César, Pedro Álvares Cabral, Senador Lemos e avenida Visconde de Souza Franco, a Doca.

Pau que nasce torto…

Embora com valor modesto – R$ 156 milhões -, o projeto, previsto para iniciar ainda neste semestre, tem um problema: do valor repassado pelo Ministério do Desenvolvimento Regional, só restam R$ 90 milhões, porque a prefeitura teve que torrar uma parte em adaptações no BRT da administração Zenaldo Coutinho. A prefeitura só não explica se a Caixa Econômica, responsável pelo financiamento da obra, irá repor ou complementar os recursos, ou se o projeto terá o mesmo destino dos outros BRTs, inclusive o Metropolitano, da administração Helder Barbalho: sem fim (Com informações do Portal Roma News).

Médicos denunciam falta
de pagamento pela prefeitura

Não convide para a mesma Unidade de Pronto Atendimento o prefeito Edmilson Rodrigues e médicos plantonistas contratados pela Prefeitura de Belém. Pode até faltar vacina. Em documento encaminhado à coluna, esses profissionais dão conta de que ainda não receberam os salários de outubro do ano passado, embora tenham esperado o prazo limite de 45 dias após o fechamento da folha do período. E nem há previsão, depois de inúmeras tentativas de comunicação com a Secretaria de Saúde do município.

Paralisação é opção nº 1

A revolta dos médicos e tanto maior porque, segundo dizem, o prefeito Edmilson Rodrigues “afirmou que não há atraso” nos salários dos médicos, “meia verdade” que os profissionais fazem questão de desmentir publicamente. Na expectativa de posicionamento da prefeitura, os médicos avisam que estão dispostos a recorrer aos seus direitos, “inclusive ao que nos permite manifestação pela via da paralisação dos serviços”.