O engenheiro de pesca Alan Pragana (de preto), que passou três anos atuando como coordenador de Núcleo e é reconhecido como “os olhos do governador” Helder Barbalho na Secretaria foi nomeado oficialmente para novo cargo/Divulgação.

Depois de três anos na qualidade de mero coordenador de Núcleo, mas mandando como diretor, o engenheiro de pesca da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca, Alan Pragana, foi finalmente nomeado coordenador de Aquicultura, cargo subordinado à diretoria de Pesca e Aquicultura, vago nesse tempo todo. Os cargos de coordenador de Aquicultura, diretor de Pesca e Aquicultura e o de gerente de Pesca são da cota do PRB, partido dos deputados Vavá Martins e Fábio Freitas.

Pragana, como coordenador de Núcleo, sempre teve “vista grossa” dos secretários da Sedap, na prática, para agir como diretor. Ele sempre foi o responsável pela geração de despesas do setor, como autorizar a cessão de diárias e passagens, fundamentar e supervisionar a contratação de serviços e representar a diretoria em reuniões. Para quem não lembra, foi ele quem conduziu o nebuloso processo de contratação, com dispensa de licitação, da consultoria do colega Felipe Matias, íntimo do atual governador desde os tempos de ministro da Pesca. Pragana sempre respondeu como diretor de fato, às vezes agindo, segundo fontes da Secretaria, por vias oblíquas e nada republicanas.

“Olhos do governador”
na Secretaria desde sempre

Aos pares, em reuniões, o hoje nomeado é visto como técnico de pouca argumentação, participa de reuniões no estilo “entra mudo e sai calado”, com pouca atitude propositiva, e exercendo apenas o chamado “tapa buraco”, ou funcionando como os “olhos do governador” no seguimento da Pesca e Aquicultura. O que se diz é que ocupa a posição mais pela graduação que possui ou favor político, do que pelo perfil técnico.

Até membros da Universal
se calam ante a situação

A política setorial da Pesca e Aquicultura do Pará assemelha-se um clubinho de manutenção de interesses nada republicanos. Afinal, por que só agora, depois de três anos, o engenheiro foi nomeado de forma correta? Por que Pragana, como coordenador de Núcleo, sob a vista dos secretários que entraram e saíram, em flagrante desvio de função? Além disso, por que a omissão dos deputados ligados à Igreja Universal, Vavá Martins e Fábio Freitas? Por que a figura de diretor de Pesca e Aquicultura é sempre apagada?

Papo Reto

  • O Congresso promulgou ontem a proposta da PEC dos Precatórios com os trechos consensuais entre Câmara e Senado que liberam R$65 bi no Orçamento de 2022, em parte para financiar o Auxílio Brasil. O Teto de Gastos passa a ser corrigido pela inflação de janeiro a dezembro.
  • Os trechos referentes ao parcelamento de precatórios não foram promulgados, pois receberam muitas modificações do Senado. Retornam à Câmara para revisão, podendo ampliar a folga fiscal para R$108 bi.
  • Mudança de última hora no artigo 4º da PEC dos Precatórios permitirá que o espaço fiscal aberto pelas mudanças no pagamento das dívidas judiciais e no cálculo do Teto, vinculado pelo Senado a gastos sociais, seja suprimido do texto.
  • O Senado aprovou o projeto Marco do Câmbio, permitindo que bancos e instituições financeiras invistam no exterior recursos captados no País ou fora dele, além de facilitar o uso do real em transações internacionais.
  • O Senado pode votar o projeto que exclui recursos de emendas parlamentares de bancada do Teto de Gastos imposto a Estados em crise fiscal.
  • Em meio à insatisfação de uma ala com a vitória do governador de São Paulo, João Doria, nas prévias, a cúpula tucana já contabiliza que pelo menos 15 deputados devem migrar para siglas da base governista em abril.
  • O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin pode se desfiliar do PSDB e ficar sem partido, adiando a decisão de entrar no PSB.
  • Alckmin está sendo aconselhado a seguir esse caminho para evitar que a costura para ser vice do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fique atrelada a disputas regionais entre PSB e PT.
  • O Senado aprovou ontem o substitutivo da Câmara ao projeto que restabelece a propaganda gratuita dos partidos políticos no rádio e na televisão.
  • O texto seguirá agora para sanção. A propaganda partidária, diferente do horário eleitoral, é uma transmissão anual a que têm direito todos os partidos registrados na Justiça Eleitoral.

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