Potencial candidato ao governo do Pará, o senador pelo PSC, Zequinha Marinho, ficou de retornar de Dubai ontem, e até o encerramento desta edição não pode ser contatado. Boatos dão conta de que a exoneração do seu pessoal pelo governador do Estado seria “jogada ensaiada”/Divulgação.
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Até ontem, corriam nos bastidores políticos do Pará – aliás, nos bastidores políticos do sul do Pará – informações segundo as quais o governador Helder Barbalho e o senador Zequinha Marinho teriam conversado sobre possível apoio do governo à candidatura do senador em eventual “acidente de percurso” na candidatura à reeleição de Helder – leia-se: desfecho desfavorável com relação às denúncias de desvios de recursos da saúde atribuídos à administração estadual que tramitam no Superior Tribunal de Justiça.

Em Dubai, Zequinha ficou
de retornar ontem à noite

Ontem, a coluna foi informada pela assessoria de que o senador Zequinha Marinho estaria de volta ao Brasil à noite, depois de uma visita a Dubai (Emirados Árabes). Assim, ante a decisão de Helder de exonerar 30 pessoas indicadas pelo senador Zequinha Marinho da Escola de Governança, inclusive uma irmã dele, a pedido – está com vaga garantida em um órgão federal – dá-se o caso em que, na política do Pará, como diria Gerson Peres, “até boi avua” – mas nem tanto, principalmente quando há uma suposta orquestração atravessada.

O que farão os deputados
do PSC na Assembleia?

Pelo sim, pelo não, isto é, se o governador Helder Barbalho se desvencilhou ou não dos apadrinhados do senador da República, ou se o senador da República desembarcou – ou fez por merecer o desembarque – do governo, só o tempo dirá. Um bom termômetro nesse cenário, que aponta para “jogo pesado” nas eleições de 2022, será o comportamento dos deputados estaduais Galileu e Jaques Neves, integrantes do PSC de Zequinha Marinho na Assembleia Legislativa: continuarão na base do governo ou também irão desembarcar?