Na última chamada pública para contratar empréstimo de R$ 800 milhões, o governo do Pará substitui o objeto do contrato – o programa Asfalto por todo o Pará/Agência Pará

Pela terceira ou quarta vez consecutiva – senão a quinta -, a Secretaria de Planejamento e Administração e a Secretaria da Fazenda lançam edital de chamada pública na tentativa de atrair a rede bancária para financiar R$ 800 milhões do que inicialmente seria o Programa Asfalto por todo o Pará, do governo Helder Barbalho. A última licitação resultou deserta, quer dizer, não recebeu proposta por quaisquer dos meios disponibilizados, sugerindo não ter despertado o interesse de nenhum agente financeiro. Na última sexta, o Diário Oficial publicou nova chamada, mas, dessa vez, a pílula veio, digamos, dourada.

Novo edital tira viés
eleitoral da  proposta

Em objeto da contratação e condicionantes legais, que nas chamadas anteriores visava o financiamento do Programa Asfalto por todo o Pará, o edital prevê que os recursos – R$ 800 milhões – irão “financiar, exclusivamente, a realização de investimento no programa do PPA 2020-2023 denominado Desenvolvimento Urbano – Habitação, Saneamento e Mobilidade, cujo objetivo é disponibilizar acesso aos serviços urbanos de Mobilidade e Ordenamento Territorial na ação orçamentária de Pavimentação, Recuperação e Drenagem de Vias Urbanas”. Assim: suprimiram “Asfalto por todo o Pará” pela conotação política que o nome carrega – e 2022, como se sabe, é ano eleitoral.

Bancos sem autonomia
e com alguma insegurança

Em consulta a dois especialistas do setor bancário em Belém, a coluna apurou o seguinte: alguns bancos privados no Pará não têm poder de fogo para financiar uma obra dessa magnitude sem a autorização superior que, por sua vez, embora acompanhem as chamadas com interesse, se ressentem de segurança jurídica, além do viés eleitoral contido nas regras de financiamento. Nenhum dos dois especialistas ouvidos pela coluna disse, mas sugerem: o problema são as eleições.

“Bora Belém” vira dor
de cabeça no Tenoné

O programa “Bora Belém” está dando mais dor de cabeça do que solução. Na última sexta, na Escola Paulo Freire, bairro Tenoné, a comunidade escolar foi chamada para cadastramento, formou fila desde 5 horas e se acotovelou dividindo espaço com outras pessoas do bairro, algumas inclusive sem direito ao benefício. Às 14 horas os funcionários da Prefeitura de Belém suspenderam o atendimento. Haviam ultrapassado o horário de trabalho e estavam sem almoçar, reagendando o atendimento para o Cras do Satélite, trocentos quilômetros distante do Tenoné. Tudo assim, muito profissional…

Papo Reto

  • O investimento da mineradora Vale na construção de Usinas da Paz para o governo Helder Barbalho soma a bagatela de R$ 160 milhões.
  • Não se pode dizer, a bem da verdade, que a Vale faz esse investimento de bom grado; muito pelo contrário.
  • Enfim: a direção da Emater em Belém mandou restabelecer o fornecimento de energia elétrica para o Escritório Regional de Bragança.
  • Na reunião do Conselho Deliberativo do Remo, hoje, serão eleitos três novos grandes beneméritos para vaga dos falecidos Manoel Ribeiro, Vinícius Bahury de Oliveira e José Severo de Souza.
  • Os pretendentes são os beneméritos Carlos Gama, João Santos, Sérgio Dias, Maria Jovelina Ferreira (Jô Ferreira), Ulisses D’Oliveira e Paulo Sérgio Paiva. Os três mais votados serão empossados.
  • O PGJ Cezar Mattar está colecionando honrarias. Condecorado dia desses pela Polícia Militar, na última semana ele recebeu mais três honrarias da Câmara de Vereadores de Belém, inclusive o “Brasão D’Armas”.
  • O Grupo Alubar abriu cadastro em seu banco de talentos para pessoas com deficiência interessadas em futuras vagas de emprego no Pará e em São Paulo. 
  • A empresa está aberta a receber currículos para trabalho em diversas áreas, sem exigência de experiência, por tempo indeterminado.

Charge do Dia