Segundo dia de apresentação do Arraial do Pavulagem na Praça da República, ontem, favoreceu a ação da bandidagem no centro da capital paraense, mas o número de mortes explodiu. Somente as mortes atribuídas à intervenção policial apontam que, ao contrário da propaganda, a violência segue em alta no Pará/Foto: Redes Sociais.

A chegada do verão e o fim da pandemia descortinaram a situação de violência que assola o Estado, jogando por terra a propaganda oficial de paz e tranquilidade por todo o Pará. Somente ontem, domingo, foram  20 mortes violentas no Estado, sendo 15 homicídios – cinco na Região Metropolitana de Belém e dez no interior – e cinco mortes por intervenção policial. 

Até mesmo na Região Metropolitana a violência, antes contida por supostos acordos com o Comando Vermelho e com grupos de milicianos já começa a apresentar aumento no número der mortes violentas. No interior a situação é semelhante: no último sábado foi assassinado um guarda municipal em Aurora do Pará, sem falar em cinco mortes registradas sob o carimbo de “intervenção policial”. Veja o vídeo no link.

Morte por Intervenção policial

Como o Estado não destaca em suas estatísticas de violência as mortes por intervenção policial, é bom lembrar à propaganda oficial que essas mortes mostram que a segurança pública não está sob controle, haja vista que, se houve confronto com a Polícia, a violência está presente no cotidiano da população. Como falar vem paz e tranquilidade diante de tantos homicídios e mortes por intervenção policial?

Isso tudo sem falar nos registros de roubos em todo o Estado, além dos arrastões, como o que se viu ontem de manhã na Praça da República, aterrorizando a população, principalmente turistas. 

Cobrindo o sol com a peneira

Até a estranha estratégia metodológica de comparar os registros de 2021 com 2018, riscando do mapa 2019 e 2020, já não ilude mais ninguém. Só falta o atual governo querer comparar os números de 2021 com os números do início década de 1990, quanto até o governo do pai do governador, o atual senador Jader Barbalho, seria objeto de comparação.

E se repete a velha máxima: se algo for desfavorável ao governo, a culpa será do governo federal. Se der certo, é obra do governo atual.