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Pergunta do dia:- o que você
fazia no 11 de setembro?

Não apenas os Estados Unidos, mas praticamente o mundo todo recorda hoje o 20º aniversário dos mais graves atentados de sua história, com o presidente Joe Biden enfraquecido pelo final caótico da guerra no Afeganistão, iniciada em represália justamente aos ataques executados pela Al-Qaeda. Naquele dia, os americanos entraram em choque quando terroristas da Al-Qaeda sequestraram quatro aviões comerciais e lançaram as aeronaves contra as Torres Gêmeas de Nova York e o Pentágono. A ferida continua aberta. Em Belém, a coluna tomou o depoimento de dois jornalistas – Paulo Silber e Ronaldo Brasiliense – sobre o que faziam no 11/9: o que faria qualquer pessoa. Veja.

Na rua, perambulando

Paulo SilberJornalista

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Perambulava pela Yamada da Pedreira, onde fora comprar um ferro elétrico. Ao passar pela seção de vídeo-foto-som, escutei um burburinho e vi rostos assustados passando por mim. Só me dei conta da gravidade quando parei diante da fila de televisores. Um ao lado do outro, como aparelhos siameses, ligados pela mesma tragédia. A mesma imagem repetidas vezes. O mundo atônito acendeu meu dever de ofício e corri para o jornal, sem saber direito o que fazer.

Eu era o editor-executivo e tinha que avocar a responsa sobre a cobertura. Pra minha sorte, um anjo da guarda me esperava quando cheguei à redação: José Menezes, o experiente editor de Internacional. Foi tenso e trago a tragédia na memória até hoje. Mas daquele dia também guardo a bela lembrança de como o Menezes foi mestre e parceiro para este jovem aprendiz de feiticeiro.

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O passado bate à porta

Ronaldo BrasilienseJornalista

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Quem viveu aquele dia 11 de setembro de 2001 não esquecerá jamais.

Eu estava no meu apartamento, em Brasília, vendo o noticiário da TV Globo e vi, ao vivo e em cores, um Boeing 747, ou coisa que o valha, colidir com uma das torres gêmeas de Nova York, símbolo do capitalismo mundial ultrajado pelos fanáticos suicidas de Ozama Bin Laden.

Ali, ao lado da mulher e dois filhos pequenos, sabia que estava presenciando uma das cenas terroristas mais chocantes da história da humanidade. Sabia que, a partir dali, o mundo nunca mais seria o mesmo. As guerras do Iraque e do Afeganistão, na vingança yankee, vieram confirmar as previsões de que o combate ao terrorismo não teria mais limites.

Hoje, vendo os talebans reassumindo o poder no Afeganistão e o atentado suicida de uma facção do Estado Islâmico no Aeroporto de Cabul, com homem-bomba, matando inclusive 13 militares americanos, pensei com meus botões: o passado bate à porta.