O Sintepp-Belém protocolou representação no Ministério Público do Estado, ontem, pedindo investigação de fake news contra a categoria da educação, sobretudo contra a coordenadora-geral licenciada professora Silvia Letícia. A campanha de difamação ocorreu em março, em plena campanha do Sindicato exigindo da Prefeitura de Belém o pagamento do Piso Salarial Nacional da Educação. O fato gerou grande embate entre a prefeitura e a direção do Sindicato e azedou a relação política da categoria com o grupo do Psol que controla prefeitura.
Na época do ocorrido, a professora Sílvia Letícia recebeu de forma anônima, na sede da entidade, um dossiê com fotografias constando perfis falsos nas redes sociais Facebook e Instagram. Analisando o dossiê que ainda circula na cidade, o Sindicato reafirma que o documento, supostamente produzido por “Gabinete do ódio” da gestão Ed50, demonstra de forma clara ser um “mecanismo criminoso de informações falsas contra opositores políticos da prefeitura”.
Dossiê patrocinado
O dossiê teve por objetivo demonstrar que a produção de falsas informações teria sido patrocinada por militantes do próprio Psol, em especial ao filiado Paulo Sérgio, mais conhecido como “Paulo Stark”, e a dirigente do partido em Belém, namorada do chefe de gabinete do prefeito de Belém, Aldenor Júnior. A dirigente que aparece no dossiê é pré-candidata a deputada federal, jornalista Nice Gonçalves.
Polícia não apurou nada
Na ocasião, Sílvia Letícia lançava sua pré-candidatura ao governo do Estado pelo Psol. Coincidência ou não, não resta dúvida para o sindicato de que a luta pelo piso salarial dos professores em Belém e o lançamento da pré-candidatura despertaram a irá da cúpula psolistas na prefeitura. Como amplamente divulgado, as notícias falsas e os ataques pessoais foram denunciados por Letícia à Delegacia de Crimes Virtuais, que, até o momento, nada apurou sobre o caso.
Quebra de sigilo total
O pedido ao MP solicita a quebra do sigilo telemático dos nomes responsáveis por perfis falsos constantes do dossiê e a identificação dos IPs utilizados para disseminação de falsas informações e perfis, incluindo a verificação das ligações originadas no “Gabinete do ódio”.