Forças de Segurança do Pará são responsáveis pela fiscalização das eleições, mas comentários na caserna dão conta de que a Polícia Militar irá escalar equipes para municípios onde Lula perdeu no primeiro turno/Fotos: Divulgação.

Diz a lenda que o povo aumenta, mas não inventa. Assim, tem algo muito estranho no ar sendo esperado pelo Dia D do segundo turno das eleições presidenciais que, no Pará, também ganhou contornos tão extremos quanto a própria campanha, com direito a ameaças, tapas com luva de pelica e safanões verbais, quando não acontece coisa bem pior. Pior: os comentários têm saído de dentro da própria Policia Militar do Estado

Se, conforme anunciado, o governo do Estado irá disponibilizar transporte 100% gratuito aos eleitores e mantém positiva e operante toda a estrutura de marketing e comunicação que utilizou no primeiro turno – quando venceu por expressiva margem de votos -, para garantir a eleição de Lula, a estrutura está duplamente reforçada. À mobilização de prefeitos, deputados eleitos e derrotados nas eleições, o governo irá juntar o peso da Polícia Militar no dia da eleição.

O que andam dizendo

E aí é que entram os boatos. Sabe-se que a Segurança Pública do Pará está encarregada de garantir eleições seguras e pacíficas, embora venha se manifestando atrelada ao governo, mas quando a conversa pende para o lado oculto da segurança, inversamente provoca insegurança aos eleitores.

Mapa de municípios

O que se diz, por exemplo, é que a PM irá disponibilizar equipes formadas por um oficial e praças para cada município onde Bolsonaro venceu no primeiro turno. A estratégia teria sido armada em cima de um mapa de municípios com a votação dada aos dois candidatos à Presidência da República no primeiro turno.

Alguém deve explicar Se isso não é estranho, parece. Afinal, o reforço policial não precisaria nem de mapas, nem de município escolhidos. Alguém precisa esclarecer os fatos – e já.

Papo Reto

Divulgação
  • O que se diz é que a rede hoteleira de Belém registra repentina ocupação. Estado de alerta – até porque não há fato que ligue tal ocupação ao Círio de Nazaré.
  • O TRT da 8a Região deve reforçar a segurança institucional do TRE no dia do segundo turno da eleição.
  • A Polícia Judicial da Justiça do Trabalho participou do primeiro turno das eleições com veículos e 14 agentes, parte deles integrando a equipe de segurança da presidente da corte, desembargadora Nadja Guimarães (foto).
  • Comissionados da Sespa denunciam o que consideram ‘prática criminosa e eleitoreira’ por parte da Secretaria.
  • A reação é contra a ordem para uso compulsório de camisas vermelhas com a inscrição “SUS é resistência”.
  • Cada camisa deveria ser adquirida ao custo de R$ 25, mas, caso o servidor não tivesse dinheiro para pagar, diretores de departamento ficariam encarregados de fazê-lo.
  • A temperatura começa a se elevar entre os servidores e a Prefeitura de Belém. Neste mês, haveria nova rodada de negociações para tratar da situação salarial.
  • Como a prefeitura não se pronuncia, entidades ameaçam debater a situação, antecipando a possibilidade de manifestações públicas.
  • Estourou o prazo determinado pelo prefeito de Belém para a licitação do sistema de transporte público.
  • Mesmo em período de Copa do Mundo, a posse da nova administração do TRT da 8a Região, marcada para ocorrer na manhã do dia 5 de novembro, promete ser concorrida. Primeira a ser realizada presencialmente depois da pandemia, terá o desembargador Marcus Losada Maia como presidente.