A julgar pelo que circula nas redes sociais, o presidente do MDB no Pará, empresário e primeiro irmão do governador Helder Barbalho, Jader Filho, já está indicado para um ministério do governo Lula – o das Comunicações. A informação é atribuída ao “Estadão”. Com tudo se encaminhando segundo os planos do governador do Pará, de fazer do irmão ministro do novo governo, resta a expectativa, por assim dizer paroquial, de consolidar o que seria a primeira vitória do grupo político da família Barbalho – a manutenção das ondas da Rádio Clube no ar – isso, claro, a se confirmar o ministério para o suposto indicado.
Confraria volta ao topo
A prova de que o rio corre para o mar foi o convite da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ao MDB, partido de Michel Temer, acusado de “golpista” quando integrante da chapa Dilma, lançada em 2014 e esfacelada em 2016, quando Temer assumiu a direção pós impeachment da ex-presidente, para compor a equipe de transição de governo. Junto com Baleia Rossi, atual presidente do MDB, a fiel escudeira de Lula recebeu as indicações do partido. Simone Tebet, a ‘terceira via’ mais votada dessas eleições e garota propaganda de margarina do petista, recebeu sua fatia de pizza em gratidão ao ‘bom trabalho’.
Como ‘considerados’ nunca ficam de fora, o MDB indicou os ilustríssimos senadores Renan Calheiros e Jader Barbalho para compor o conselho político do grupo. Daí pode se entender o porquê de a cria de Jader ter sido tão passional no segundo turno das eleições presidenciais.
Helder Barbalho trabalhou na campanha de Lula como se fosse sua. ‘Papai Helder’, como se diz nas redes, encomendou tecnobrega com Mc famoso, fez dancinha de deboche ao som de “Sal no Bolsonaro” e mandou beijinhos provocativos para o bolsonarista Éder Mauro.
Conclamação da República
Não bastasse, conclamou – conclamou é modo de dizer – prefeitos, políticos vitoriosos e derrotados nas últimas eleições, policiais e DAS para abraçar a nobre causa de eleger Lula presidente em nome do amor – slogan semelhante ao do prefeito Edmilson Rodrigues, do Psol, trovador em ‘portunhol’ e prefeito de Belém nas horas vagas.
Se o amor venceu, não se sabe, mas que muita gente grande venceu, não há dúvidas.