O Senado Federal promoveu audiência pública na última semana para tratar sobre o plano de construção e recuperação de estradas sob responsabilidade do governo federal nos próximos anos. Foi uma excelente oportunidade para que a duplicação da BR-316, entre Castanhal e Santa Maria do Pará – obra que chegou a ser iniciada, mas acabou desmobilizada – e o asfaltamento da BR-422, entre Novo Repartimento e Tucuruí entrassem no holofote. Só que não.
O único senador da bancada paraense presente no evento foi Beto Faro, do PT, que em rápido pronunciamento se ateve apenas a apontar os erros do governo passado e a justificar a falta de avanço no setor nestes 100 primeiros dias de gestão do governo Lula. Tanto já se falou – e lutou – por essas duas obras que elas mais parecem estar, como diriam os mais antigos, onde cabeça de burro foi enterrada.
Obras paralisadas
De acordo com o ministro dos Transportes, Renan Filho, o Brasil conta atualmente entre 12 mil e 15 mil obras paradas – muitas delas no setor de transportes, que também engloba ferrovias, portos e aeroportos. O mais difícil neste momento, segundo Renan Filho, “é solucionar, junto ao Tribunal de Constas da União e ao Legislativo as pendências que existem nos contratos de 5 mil quilômetros submetidos a novas licitações”.
Cavalo passa selado
Até que tudo se resolva – porque sempre há lago para ser resolvido quando o assunto são as obras do Dnit no Pará -, a população segue na expectativa. O problema é que, com os senadores paraenses calados quando a oportunidade bate à porta, o que longe fica mais distante.