O secretário de Segurança, Ualame Machado, encabeça as negociações entre o governo e o Sindpol na tentativa de solucionar o impasse criado no primeiro encontro da categoria com o governador. Solução pode ser anunciada hoje/Fotos: Divulgação.

Não convidem para a mesma reunião, quer seja na Secretaria de Segurança Pública, na Delegacia-Geral de Polícia e nem no hangar do Graesp o Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil e o governador Helder Barbalho. É capaz de sair tiro, como se diz. Desde a última segunda-feira 18, o sindicato e o governador Helder Barbalho não se entendem em acordos e promessas que parecem ter sido levados pelo vento das hélices e turbinas provocado pelas aeronaves do Graesp. O resultado é que o Sindicato decidiu convocar assembleia geral para o dia 27 agora, na sede campestre da Tuna, que é lugar mais arejado, para bater o martelo. Parece que aprendeu tarde que “palavras, o vento leva”.

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Marchas e contramarchas

A questão é que, segunda-feira, o Sindpol foi convocado pelo secretário de Segurança, Ualame Machado, e o delegado-geral de Polícia, Walter Rezende, para uma reunião no hangar do Graesp com o governador, onde seus representantes foram surpreendidos com a informação de que os 12% acordados como contraproposta do governo em acerto de contas salariais não poderiam ser pagos neste exercício, sob a alegação de que as contas públicas já se encontram no “limite prudencial” da lei de Responsabilidade Fiscal.  O acordo ficaria para 2023, uma vez que os recursos seriam incluídos da LDO 2022. Diante de tamanha surpresa, a diretoria do Sindicato deixou o governador falando só.

Hanna continua na ativa

Convocados mais uma vez pelo secretário de Segurança, o presidente Ednaldo Santos e o vice-presidente do Sindpol, José Pimentel foram então ao gabinete de Ualame Machado que, em troca de telefonemas com (a secretária de Planejamento e Administração, exonerada no fechamento da janela eleitoral para concorrer a cargo eletivo) Hanna Ghassan recebeu a informação de que o governo poderia dar aumento de 15%, a ser incluído na LDO para pagamento em janeiro de 2023, ao que o Sindicato novamente reagiu: ou sairia com a proposta de 22% para pagamento em janeiro, ou 19% para pagamento em junho de 2023.    

Solução pode sair hoje

O caso está em aberto, mas o secretário de Segurança, que vem se notabilizado por administrar crises salariais entre o governo e o Sistema de Segurança, como no caso da Perícia Científica, segue negociando. Se Deus mandar bom tempo, o Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil receberá a boa nova ainda hoje, durante evento em alusão ao Dia da Polícia Civil, presidido pelo governador.

Demandas e promessas