Sem aviso prévio, o secretário passa a ocupar o Espaço São José Liberto como ‘puxadinho’ da Sedeme, mas sem 35 servidores que trabalhavam havia 15 anos no projeto Gemas e Jóias, Artesanato e Moda/Fotos: Divulgação.

O novo secretário de Desenvolvimento, Energia e Mineração do Estado passou o rolo compressor no Espaço São José Liberto, no antigo Presídio São José, na Praça Amazonas, que abriga o projeto Gemas e Jóias, Artesanato e Moda, e mandou para o olho da rua, sem dó, nem piedade, ao menos 35 funcionários, a maioria contando 15 anos de serviço público. No espaço, o ex-deputado federal e pastor da Igreja Quadrangular Paulo Bengtson deve acomodar parte dos seus contratados, totalizando 100 ou mais pessoas.

Palco político

A intervenção foi um choque para os servidores, tão sutil quanto a entrada de uma manada de elefantes assustados e furiosos em uma sala de cristal. Nada restou em pé em se tratando de recursos humanos. Paulo Bengtson parece ter pressa para se recolocar no cenário. Escalado no novo mandato do governo Helder para substituir José Fernando Gomes Júnior – nomeado para arrumar a Cosanpa para a privatização -, suas intenções parecem bem distantes de desenvolvimento, energia e mineração. O palco é político.

Cenário caótico

Nem a direção do projeto, nem os funcionários foram avisados antecipadamente do interesse do secretário em ocupar o espaço São José Liberto como uma das novas dependências da Sedeme. Quando se deram conta, como em um assalto, estavam sem sala de trabalho e sem equipamentos – e exonerados. De uma hora para outra, onde funcionários trabalhavam em mais um empreendimento com participação da Secretaria de Turismo, instalou-se o caos e o desespero. E a máquina de substituição de pessoas para favorecer pessoas segue ecoando impiedosamente no extinto presídio.

Não há cordeiros na cena política do Pará, mas os lobos abundam…