Ex-presidente do Incra, o gaúcho Rolf Hackbart é tido e havido como o novo presidente do Banco da Amazônia, em substituição a Valdecir Tose. Nessa batida, a avaliação de observadores políticos é de que cai por terra a possível indicação de nomes do Pará ao cargo, conforme especulações depois das primeiras horas das eleições de outubro, entre eles o do atual secretário da administração Edmilson Rodrigues e ex-deputado federal Cláudio Puty, e o da ex-governadora Ana Júlia Carepa.
Além disso, se é verdade que a escolha de um nome para a presidência do Basa passaria, necessariamente, pelos governadores da Amazônia – cada um querendo puxar brasa para sua sardinha -, não se sabe se o ex-presidente do Incra teria sido submetido ao crivo. Pelo sim, pelo não, convém aguardar a confirmação ou a virada de página – ou de mesa.
Caminhos tortuosos
Sobre a ex-governadora Ana Júlia, derrotada na disputa por vaga à Câmara Federal nas eleições de outubro do ano passado, comenta-se que tem se submetido à intensa peregrinação por gabinetes de Brasília para tentar conseguir um carguinho para chamar de seu no governo Lula. Não está sendo fácil. Carente de prestígio, Ana Júlia estaria na dependência do PSB do ex-deputado federal Cássio Andrade até mesmo para emplacar vaga em uma simples diretoria da CDP, em Belém.
Duas desempoderadas
Aliás, parece enigmática a situação em que ficaram as mulheres paraenses depois do resultado das urnas – caso da própria ex-governadora e da deputada estadual Marinor Brito, que até senadora da República já foi. Entraram, por assim dizer, na fila das desempoderadas.
Marinor, que acabou não sendo comtemplada pelo alcaide Edmilson Rodrigues como pretendia, também corre para se livrar do prejuízo da derrota. É outra que, vira e mexe está em Brasília tentando se encaixar no comando da Superintendente Regional do Patrimônio da União, de olho nos votos que elegeram em passado recente o ex-superintendente Lélio Costa deputado estadual, que não se reelegeu ao cargo.
A faca e o queijo
Mas há um porém: a SPU, de quem dependeria eventual indicação de Marinor Brito, está sob o controle do MDB – leia-se o presidente do partido, Baleia Rossi, ministra Simone Tebet e outros -, o que torna o caminho da ex-deputada mais tortuoso. Afinal, o MDB entregaria um cargo federal no Pará ao Psol ou a um nome do próprio partido?
O pires está na mão; resta a elas esperar a bondade dos donos da banca.