Serviços quarteirizados inovam fórmula de contratos no hospital de alta complexidade instalado em Icoaraci, mas permitem a permanência de integrantes de administrações anteriores envolvidas em escândalos e ações da Polícia Federal/Fotos: Divulgação.  

Nunca, jamais em tempo algum se viu tamanho alheamento das chamadas autoridades constituídas com relação à saúde pública envolvendo o Hospital Abelardo Santos, unidade de alta complexidade instalada no Distrito de Icoaraci, região da Grande Belém, palco de escândalos que assombraram o Brasil em plena pandemia de Covid-19 e berço paraense do funcionamento da infame “Máfia das OS”. Como os culpados seguem avocando o direito de ficarem calados, os ecos dos escândalos são ensurdecedores aos ouvidos dos inocentes – aqueles que observam a sangria incontrolável do dinheiro público, inclusive com participação de remanescentes das administrações expurgadas do hospital. Para os tolos, convém lembrar: a máfia encolheu e envernizou suas ações, mas continua ativa.

Vão-se os anéis, ficam os dedos

Assentada agora na quarteirização de serviços, parcerias e acordos de conveniência, as novas movimentações contratuais  do Hospital Abelardo Santos funcionam como um “abafador de lucros”, pulverizados entre diversas empresas menores selecionadas pela organização social de plantão – no caso, a OS Mais Saúde, cujo contrato teria sido renovado sem alardes. A primeira OS contratada para administrar o hospital, a Santa Casa Pacaembu, caiu nas malhas da Polícia Federal levando alguns de seus ricos membros de roldão. Foi substituída pela OS Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia que, em seguida, deu lugar à OS Mais Saúde. Foram-se as razões sociais, ficaram ex-funcionários, os mesmo que entraram nas quarteirizações, parcerias e contratos. É o mais do mesmo.  

Pequenas empresas, grandes…

Segundo fontes da coluna, uma das empresas médicas que operam no hospital através do novo modelo de contrato é a Medcorp, cujos sócios integraram a administração da OS anterior e mantêm estreitos laços com a atual, faturando nas duas pontas. No curso desses movimentos – que se estima não ter chegado nem à Secretaria de Saúde, nem ao Ministério Público do Estado -, criaram-se nichos de oportunidades e vantagens capazes de permitir a ampliação das ações envolvendo interesses do Abelardo Santos para outras unidades de saúde, incluindo hospitais de médio porte da Região Metropolitana de Belém.

Papo Reto

Divulgação
  • Novos dias, velhas práticas: apagar refletores em estádios de futebol para evitar derrotas ou comemorações do adversário não é nenhuma novidade, mas que não fica bem, não fica.
  • A Curuzu sofreu dois apagões, ontem, na conquista do Parazão, com derrota: o apagão do Remo em campo, quando levou 3 x 0 no primeiro tempo, e na comemoração do título.
  • Aliás, houve muita confusão durante a manhã de ontem nas cercanias da travessa Curuzu, entre Almirante Barroso e João Paulo. Seguranças do clube fecharam metade da rua e não permitiam nem a passagem de moradores
  • Até mesmo usuários de um plano de saúde com instalações na travessa Curuzu  sofreram ameaças, mas não deram as caras no local nem a Semob, nem a Guarda Municipal.
  • Agora com a quarta estrela, recebida hoje, o general Anízio David Júnior (foto), ex-comandante da 8ª. Região Militar, em Belém, irá assumir o Comando Oeste do Exército, em Mato Grosso.
  • Guilherme Louzada Martineli acaba de ser nomeado para a Gerência Regional da Agência Nacional de Mineração no Pará.
  • A Vale fechou a venda de suas minas de manganês e minério de ferro no centro do Brasil, com um valor empresarial de cerca de US$ 1,2 bilhão, para a holding J&F Investimentos.
  • Além das minas de manganês e minério de ferro, a mineradora também concordou em vender ativos logísticos na região para a J&F, controladora do frigorífico e fabricante de celulose Eldorado Brasil.
  • Desde terça-feira, profissionais de educação do município de Salvaterra, no Marajó,   ocupam o prédio da Secretaria de Educação para reivindicar o pagamento do piso salarial e da hora atividade.