Pré-candidatos, sindicalista e vereador não caminham exatamente juntos na proposta, mas ideia é forçar apoiadores de Helder a cumprir decisão de Congresso promovendo debates políticos e prévias, até a escolha final/Fotos: Divulgação.

O Congresso Estadual do Psol tenta uma jogada de mestre para desmobilizar o plano do núcleo que envolve o prefeito Edmilson Rodrigues de não lançar candidato ao governo do Estado e manter apoio à reeleição do governador Helder Barbalho nas eleições de outubro: propõe ao diretório estadual a pelo menos seis debates políticos em Belém, Santarém, Marabá, Altamira, Salvaterra e Redenção que permitam aos dois pré-candidatos – a sindicalista Sílvia Letícia e o vereador Fernando Carneiro – debater com a militância propostas “para tirar o Pará do abandono” e consolidar uma das candidaturas.

Ano passado, o Congresso Estadual decidiu pelo lançamento de candidatura própria do partido ao governo e pela formação de uma Frente de Esquerda. Essa decisão, tomada pela maioria dos delegados, foi baseada na noção de que “o atual governador do Pará não representa os interesses dos trabalhadores, mas sim das elites econômicas e do agronegócio”.  Não é exatamente o que planeja o núcleo do partido que apoia a reeleição de Helder, representado pelo prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues. A ideia é não lançar candidato, contrariando orientação partidária ou, em situação extrema, oferecendo o nome do ex-senador José Nery na convenção prevista para junho-julho contra os pré-candidatos já conhecidos.

No balanço do flashback

O Psol tem como pré-candidatos ao governo a professora Sílvia Letícia, fundadora do partido e coordenadora-geral do Sintepp Belém, e o vereador Fernando Carneiro, que pode retirar seu nome na disputa – tanto que, domingo passado, era visto dançando flashback com o prefeito em uma promoção da prefeitura no centro de Belém. A ideia de promover debates políticos coloca em xeque o núcleo barbalhista porque força o grupo a cumprir decisão aprovada no congresso e obedece à tradição do partido de definir, junto com a militância e não em gabinetes a escolher seus candidatos.

Helder versus militância

Pela proposta do Congresso Estadual levada ao diretório, ao fim do ciclo de debates em Belém e no interior haveria as prévias partidárias para a escolha final do candidato do partido ao governo do Pará. Resta saber se a pressão exercida pelo governador Helder Barbalho sobre o núcleo de Edmilson será suficiente para calar a militância, nesse caso, segundo os opositores do alcaide, submetendo no Pará a uma vergonha nacional sem precedentes. Senhores façam seus jogos.

Papo Reto

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  • Do ex-deputado Márcio Miranda (foto), candidato à Câmara Federal pelo PTB, por enquanto: no decorrer da campanha vai ficar claro meu posicionamento. Nosso partido não vai coligar.
  • Quem está preparando livro para contar sua vida no esporte é Roberto Estêvão Lobato, o Pelé, ex-jogador de basquete do Bancrévea, Paysandu – quase 30 anos – e Seleção Paraense. De uma família de desportistas, no começo da carreira, curiosamente, Pelé praticava natação.
  • O termo “gari” surgiu em homenagem ao francês Pedro Gary, que ficou conhecido por ser o fundador da primeira empresa de coleta de lixo nas ruas do Rio de Janeiro, em 1876.
  • No entanto, a categoria foi instituída no dia 16 de maio de 1962, data que ficou conhecida como o Dia do Gari, que passou em branco em Belém, na última semana.
  • O governo federal liberou quase R$ 1 bilhão para apoiar a contratação de aproximadamente 140 mil apólices de seguro rural no País.
  • O Senado aprovou abate no Imposto de Renda na compra de medicamentos. Vale para pacientes em tratamento domiciliar com remédios de alto custo e de uso contínuo.
  • Mais de 3 mil receptores de TV pirata apreendidos pela Receita Federal serão entregues a instituições de ensino superior públicas de quatro Estados, transformados em minicomputadores.
  • Apertar cintos. O Butantan identificou nova variante recombinante da cepa Ômicron da Covid-19, em São Paulo.
  • Arautos do apocalipse estão de orelha em pé: nada, nada, o Monitor do PIB aponta crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto no primeiro trimestre. Detalhe: de fevereiro a março deste ano, o crescimento foi 1,8% e, na comparação anual, a “engorda” do PIB brasileiro ficou em 2,4% no trimestre e em inimagináveis 4,2% no mês.