As prefeituras de Bragança e Augusto Corrêa, em parceria com a Associação Brasileira de Produtores de Pargo, com sede em São Paulo, promovem hoje o 1⁰ Seminário Bragantino de Pesca, que prevê discutir o significado do pargo para a economia paraense.
O que chama atenção, a par da importância do tema – pargo vem sendo capturado à exaustão a partir desses municípios -, é a ausência do Estado no evento. A programação aponta participação da Universidade Federal do Pará e da Universidade Federal Rural da Amazônia – ou seria apenas de integrantes dessas instituições? -, mas o nome do secretário de Pesca do Pará, Giovani Queiroz, ou representante, não.
Estranha ausência
Até os tubarões sabem que todo debate visando preservar a sustentabilidade de qualquer recurso pesqueiro sempre será bem-vindo neste planeta de incertezas chamado Pará, mas, convenhamos, nem o Ministério da Pesca e Aquicultura, nem o governo do Estado, através de sua secretaria e muito menos o sindicato que congrega indústrias e armadores não estarem envolvidas é estranho, muito estranho.
Na suposição de que ocorreu um ato falho dos organizadores do encontro vá que seja – só que não. O evento se propõe a discutir, inclusive, temas como quotas e subsídio ao diesel, assunto que é de competência das instâncias governamentais.
Depois reclamam…
A discussão sobre o futuro do pargo é mais que oportuna, haja vista recente investida da Polícia Federal, que apreendeu centenas de toneladas da espécie com origem duvidosa em diversas indústrias de Belém e Bragança. Depois o povo que acompanha o Círio reclama que é obrigado a engolir decisões nacionais goela abaixo porque não foi nem ouvido, nem cheirado, inclusive quanto se trata do setor pesqueiro.