Vendedores autônomos remanejados pela prefeitura para os fundos do Ginásio de Esporte, onde o movimento era quase zero, tiveram equipamentos vandalizados, amargam prejuízos e continuam sem apoio da gestão municipal/Fotos: Divulgação.
Decisão do MP atende à noção de que área ao longo da rodovia é pública e essencial à segurança viária, embora recorrente em Ananindeua e Castanhal. Resultado: vendedores autônomos perderam equipamentos.
Afora o fato de que a Promotoria do Ministério Público em Marituba e a Promotoria do Ministério Público em Ananindeua parecem ter entendimento bem diferente sobre a ocupação de trechos da BR-316 nos respectivos municípios, a corda arrebentou, mais uma vez, para o lado mais fraco – aquele onde figuram vendedores ambulantes da cidade administrada pela prefeita Patrícia Alencar.
Por obra e graça de ação do MP, os ambulantes que ocupavam parte da avenida Fernando Guilhon, quer corre paralelamente à BR, foram transferidos para os fundos do Ginásio de Esporte, no lado oposto da rodovia, onde não há viva alma para se chamar de consumidor e, na madrugada da última terça, tiveram seus equipamentos arrombados e vandalizados, arcando com um prejuízo tamanho e desassistidos pela autoproclamada “Força para transformar”, de Patrícia Alencar.
Desgraça anunciada
Responsável pelo projeto social “Por dentro das contas” no município,
Bruno Santiago havia ‘cantado’ o destino dos ambulantes em publicação feita um mês antes do remanejamento. Segundo ele, que denuncia “mandos e desmandos, nepotismo, nepotismo cruzado, crime de responsabilidade e improbidade administrativa da gestão municipal”, a retirados dos trabalhadores foi justificada pelo MP pelo fato de que “a área ao longo da rodovia é pública e essencial à segurança viária”, e que por isso “sua ocupação irregular para fins comerciais tem gerado graves riscos de acidentes aos ocupantes e aos consumidores”.
Explica, mas não justifica
Nesse ponto, Bruno avalia que a justificativa do MP não é “razoável” e explica: “Mesmo sem considerar Marituba uma cidade dormitório, com pouca oportunidade de negócio e emprego, é importante salientar que ao longo da Br-316, em Ananindeua e Castanhal, há várias construções há poucos metros das margens da rodovia”, e ninguém se importa.
Vai que é tua, Tafarel!
E indaga por que a Prefeitura de Marituba não criou as condições para manter os trabalhadores autônomos na avenida Fernando Guilhon, preferindo “descartá-los” no fundo do ginásio de esportes? Com a palavra, sua excelência a prefeita Patrícia Alencar, ou seu secretário de Trabalho, Oziel Monteiro, o Tafarel.
Papo Reto
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