Palavras o vento leva: na campanha passada, Edmilson Rodrigues esboçou um sonho, o sonho da felicidade, que, até hoje, precisa das tintas do governador Helder Barbalho que, segundo se especula, tem prazo de validade/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

Na última campanha eleitoral, o prefeito Edmilson Rodrigues proferiu uma de suas frases de efeito dramático, segundo a qual “a prefeitura é um projeto de felicidade para o povo de Belém”. Surtiu um efeito danado na paróquia.

Desde lá, a cidade vem se desmilinguindo a olho nu, como se a gestão Ed 50 fosse o próprio sapo enterrado em cada canto do que se presumia ser esse projeto de cidade. Desde lá, entre idas e vindas para o exterior, embalado pelos próprios sonhos -, pesadelo para os locais -, Belém virou até cidade inteligente. Professores também erram; até os pós-graduados. Ora não…

Coordenadora do Sintepp-Belém, a professora Silvia Letícia veio para negar o que está ilusoriamente posto: Belém, segundo a gestão municipal, e à luz da visão da população, sequer é um projeto. Nem anteprojeto. Se muito, talvez, um esboço que precisa da tintura de um ser maior, acima e com muito dinheiro para gastar – Helder Barbalho.

A mesada do bebê

A gestão Ed50 vive da mesada que o governador lhe direciona generosamente, se quiser, quando quiser e até quando quiser. Por seus próprios objetivos, Helder vai e está investindo no município, mas, em Edmilson Rodrigues, são outros quinhentos, sem cifrões, sem dó, nem piedade. Haverá de chegar a hora em que o sonho do alcaide virará pesadelo. É inevitável, pela natureza adquirida.

Esse debate entre servidores públicos e a administração municipal por salários extrapola, de longe, a noção de gestão. É um arremedo de qualquer coisa incomum entre diretores de centros cívicos e alunos de uma escola da periferia. É ridícula, é pobre e paroquial. É o Ed50 puro na versão preguiçosa.

Edmilson Rodrigues perdeu a noção, mas julga ter umbigo para olhar.

Entenda o caso

O protesto dos servidores de Belém contra o prefeito de Belém ocorreu ontem, exigindo valorização profissional prometida em campanha.  Neste ano, a prefeitura anunciou que não vai reajustar nem salários e nem vale alimentação e que não vai fazer concurso público, o que significa que a maioria vai seguir recebendo abaixo do salário mínimo nacional.

Em vídeo que circula nas redes sociais, a vereadora Professora Silvia Letícia faz um desabafo e dá um verdadeiro puxão de orelha em Ed50 que está sendo chamado entre a categoria de “Prefeito Mocotó”, que só amolece sob pressão.

Dinheiro não falta

Em outro vídeo, publicado no canal do YouTube, a vereadora afirma que dinheiro existe para atender a categoria, mas que, infelizmente, está sendo usado para pagar mais de 2,7 mil DAS, que estariam ganhando em média de R$ 3 a R$ 6 mil, enquanto os servidores não ganham sequer 1 salário mínimo. Só no gabinete do prefeito estariam lotados mais de 570 cargos de indicação política, a “claque” da administração municipal para aplaudir e acompanhar o prefeito em suas andanças pela cidade.

Os servidores ameaçam entrar em greve.