Não passa despercebida para os observadores de plantão, ainda que desinteressadamente, leve e quase muda disputa travada entre a Prefeitura de Belém e a Prefeitura de Ananindeua – a primeira, sonhando tornar a capital paraense “cidade inteligente”, e a segunda, mais modesta, mas detentora do segundo maior colégio eleitoral do Estado, executando projetos de infraestrutura, criação e inovação e caminhando para a era digital, com a criação de um polo criativo digital.
A leitura desses movimentos aponta que o prefeito de Ananindeua, Daniel Santos, acredita que o governador Helder Barbalho ajudará a reeleger o prefeito Edmilson Rodrigues e que o prefeito de Belém, empoderado por uma segunda reeleição, se tornará fatalmente o nome da esquerda na disputa de 2026.
Como até os moradores do Cemitério da Soledade e dos demais plantados ao longo do caminho que cruza a Região Metropolitana de Belém sabem, Daniel Santos será candidato ao posto hoje ocupado por Helder Barbalho, em nome da República de Ananindeua. Dando como favas contadas a reeleição do governador em outubro, o prefeito de Ananindeua começa a batalha silenciosa para aumentar o desgaste do suposto concorrente, o Ed50. Simples assim; embora nem tanto.
Entre a largada e a chegada
É curioso como a política às vezes ignora que entre ‘eles’ e seus objetivos de poder existe o povo – e esse povo ainda tem muito a cobrar de prefeitos que continuam devendo satisfações ao eleitor, ou sequer justificaram suas escolhas nas urnas, como, por obvio, é o caso do prefeito de Belém, que, de tanto se agarrar às asas do governador do Estado coloca a perder seu maior patrimônio, os companheiros.