Dizem que o pior de um homem público é quando ele opta pela conveniência em desfavor da coerência. Por longo tempo, a população do Marajó haverá de chorar seus mortos, vítimas da irresponsabilidade e da ganância desmedidas de quem, supostamente, sempre buscou nos conchavos políticos a “solução para todos os seus males”.
Nesse aspecto, não é mais segredo para ninguém a estreita relação do prefeito de Salvaterra, Carlos Alberto Gomes, o “seu” Carlos, do Podemos, com um estuprador da lei, alguém que, pelo que faz, jamais deveria receber validação de sua atividade econômica pelo simples fato de a mesma ser irregular.
‘Sempre teve passe livre’
Na verdade, pelo que todos comentam no município, Carlos “sempre teve passe livre na lancha ‘Dona Lourdes’’’, que foi a pique às proximidades de Cotijuba. E a publicação do suposto dono da embarcação, Weslen Serra, em uma rede social, comprova a proximidade de ambos, e uma das frequentes presenças do alcaide de Salvaterra atesta, no mínimo, a conivência com a ilegalidade.
Alguém precisa explicar
Comentários maldosos em Salvaterra dão conta, inclusive, de que o prefeito teria até “participação no negócio do transporte”, mas isso, por óbvio, precisa ser investigado e esclarecido, inclusive pelo próprio prefeito. Afinal, em momentos de tragédia com o essa, a dor e a desesperança falam mais alto.