Diante de recorrentes problemas de gestão, Hospital Regional de Castanhal faz “vaquinha” para encaminhar pacientes em estado grave para as UPAS da cidade e, em seguida, para o Hospital Ofir Loyola, em Belém./Divulgação.
Inaugurado com pompa e circunstância em junho do ano passado para – promessa do governador Helder Barbalho: reforçar o atendimento especializado durante a pandemia de Covid-19 -, o Hospital Regional de Castanhal, construído pelo governo Simão Jatene, corre para fechar as portas pela quarta vez – prova de que, em se tratando de saúde pública, o governo do Pará quer mais que a população se lixe. Áudios que circulam nas redes sociais do município e região e manifestações – ainda que acanhadas – na Câmara de Vereadores (veja vídeo), dão conta de que as demissões já começaram – 30 somente na última terça-feira. Pior: os áudios corroboram os comentários que correm dentro da própria unidade de saúde: o hospital só voltará a ser aberto ano que vem, “durante a campanha eleitoral”.
Direção do Regional
recorre a “vaquinhas”
Alvo das demandas de pacientes que necessitam de exames os mais variados, alguns vereadores de Castanhal – os que não rezam pela cartilha do pão e circo do governo – dizem que não é de hoje que o “Regional” anda devagar, quase parando. E que é comum os dirigentes do hospital se unirem a e amigos dos pacientes pedindo “coleta” para mandar doentes para tratamento em – exames de mamografia e tratamento em oncologia, justamente a especialidade do hospital – são os mais procuradores.
Upas, a solução (quase final)
para os pacientes
Pior é que, enquanto aguardam pela “vaquinha milagrosa”, os pacientes são obrigados a permanecer internados em ambientes hospitalares com o da UPA de Castanhal, que, como o nome diz, presta serviço de pronto atendimento. Sem alternativa e para evitar a dor e o sofrimento de pacientes e familiares as Upas são a salvação, ao menos até que os pacientes em estado graves possam ser transferidos para o Hospital Ofir Loyola, em Belém.