Nelson Jobim e Jader Barbalho, pai do governador do Pará, são amigos de longa data. Foi na presidência de Jobim no STF que o então deputado federal Jader Barbalho teve arquivado inquérito sobre suposto desvio de verbas na Sudam/Fotos: Divulgação.

Nada acontece por acaso, nem mesmo na política. Obsessão de Helder Barbalho pela eleição do ex-presidente Lula se explica pela própria sobrevivência política do governador, ante suposto plano do presidente da República de abatê-lo em pleno voo rumo ao segundo mandato.

Por Olavo Dutra

Gaúcho, neto e filho de políticos, deputado constituinte pelo MDB, professor, filósofo e jurista, Nelson Jobim foi presidente do Supremo Tribunal Federal e ministro da Defesa de três presidentes – Fernando Henrique Cardoso, Lula da Silva e Dilma Roussef. Desde de julho de 2016, faz parte do Conselho de Administração do banco BTG Pactual, como sócio e membro efetivo. As relações do poderoso ex-presidente do STF com o senador Jader Barbalho são longevas: nasceram da boa convivência no Congresso Nacional e das lidas com a gestão do partido em que militaram a vida inteira.

Em junho de 2015, o Plenário do Supremo Tribunal Federal arquivou o inquérito contra o então deputado federal Jader Barbalho pelo suposto desvio de verbas da extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia, a Sudam. A decisão, tomada por maioria de votos, ocorreu em seção presidida pelo amigo Nelson Jobim.

Recado explosivo

A avantajada envergadura física do gaúcho parece projetar suas sombras por todos os corredores de Brasília – e é tão extensa que chega mesmo a alguns corredores no Pará. Atribui-se a uma fonte próxima a Jobim o aviso, dado ao pé da orelha do governador Helder Barbalho, de que haveria um plano do clã Bolsonaro para derrotá-lo eleitoralmente e, caso fracassasse, a intenção de buscar algum mecanismo legal que o impedisse de tomar posse no segundo mandato. O recado soou nos corredores palacianos paraenses como uma bomba.

Defesa é o ataque

Esse fato teria ensejado uma mudança de estratégia de Helder, que se manteve equidistante da disputa nacional no primeiro turno para jogar-se de cabeça na campanha do ex-presidente Lula, expondo-se de maneira imprevisível para quem acompanhou seu recato na primeira volta. A disposição de Helder para a briga por Lula ultrapassou os limites da formalidade quando chamou pessoalmente prefeitos, deputados eleitos e mesmo os candidatos não eleitos para cerrarem fileiras em torno da candidatura de Lula, vista como “de vida ou morte” para sua permanência no cargo.

– Eu sou Lula no segundo turno. E quem estiver comigo estará com Lula ou estará contra mim -, disse alto e em bom tom para um auditório repleto de ouvintes perplexos.

Efeito Walt Disney

O governador e seu pai têm linha direta com o Lula, mas também com o senador Randolfe Rodrigues, que está tão próximo do ex-presidente que já é chamado por petistas enciumados de “O sombra”.

A parceira Barbalho-Lula vem de longe. O senador Jader é amigo pessoal de Lula e foi um dos poucos políticos notórios a se solidarizar com Zé Dirceu quando se sua prisão. Foi graças a essa proximidade e aos lampejos de um poder vindouro que Helder carregou a candidatura natimorta de Beto Faro e fez, para surpresa geral, o que só Walt Disney havia conseguido: um elefante voar.

Para quem não lembra, foi a família Barbalho quem carregou e elegeu Paulo Rocha em 2014, Zequinha Marinho em 2018 e Beto Faro em 2022. Com as próprias pernas, esses personagens, guardadas suas particularidades, jamais teriam alcançado tamanha glória. 

Eleição vira obsessão

O objetivo de Helder é aumentar em 10% a votação de Lula no Pará para garantir, na eventual vitória do ex-presidente, um ministério onde possa abrigar seu irmão e conselheiro, Jader Filho. Na mira da família, o Ministério da Infraestrutura, onde travou a menina dos olhos do governador reeleito, o Parque da Cidade, a ser construído na área do antigo Aeroclube do Pará.

Papo Reto

Divulgação

Boa filha à casa torna: Nay Barbalho (foto), filha da presidente do TCM, conselheira Mara Barbalho e prima do governador do Estado, candidata que não logrou êxito nas últimas eleições foi reconduzida ao cargo que ocupava na Secretaria de Saúde. Deu no Diário Oficial.

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O evento está previsto para ocorrer na Doca com Antônio Barreto, a partir das 18 horas, diariamente, até o dia do segundo turno

O voluntariado no Brasil passa por crescimento expressivo nos últimos três anos. Segundo o Programa Pátria Voluntária, chega a 57 milhões o número de voluntários atuando em diversos setores da sociedade.

Seguro morreu de velho: a capital paulista mantém uso de máscaras em unidades em hospitais, unidades básicas de saúde, ambulatórios e prontos-socorros.

Já no transporte coletivo, embora não sendo mais obrigatório, a máscara continua “recomendada” para os horários de pico.

A Caixa liberou 36,4% a mais para o Casa Verde Amarela em 12 meses. Em 2022, o banco liberou R$ 48,3 bilhões para o programa, atendendo a mais de 1 milhão de pessoas.

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O Mundial, primeiro a ocorrer em um país mulçumano, será patrocinado por uma marca de cerveja, mas o consumo de álcool só será permitido três horas antes e até uma após os jogos.

Segundo o Unicef, de 2015 e 2019 mais de 254 mil venezuelanos ingressaram no Brasil. Todo santo dia são cerca de 500 venezuelanos rompendo a fronteira nacional.

Carteira de Trabalho e Previdência Social Digital superou um bilhão de acessos. O documento cruza bases de dados do governo com as informações inseridas pelo empregador no e-Social, sistema de registro de dados trabalhistas pela internet.

Pacientes com diabetes têm mais risco de apresentar declínio cognitivo, diz a OMS. Já são mais de 16 milhões de brasileiros adultos com diabetes tipo 2, doença que se caracteriza pelo aumento dos níveis de glicose no sangue.