Observadores da cena política paraense avaliam que a oposição ao grupo de Helder Barbalho tem chance real de conquistar a vaga ao Senado, para a qual devem concorrer três candidatos supostamente apoiados pelo governador – o deputado federal Beto Faro, do PT, o ex-prefeito de Ananindeua Manuel Pioneiro e o ex-senador Flexa Ribeiro. Correndo por fora, mas, mais dentro do nunca, aparece o ex-senador Mário Couto, para quem o grupo político ligado ao presidente Jair Bolsonaro no Pará deverá canalizar apoio. Por trás de Mário Couto está parte considerável do agronegócio paraense, cuja bandeira é reeleger Bolsonaro e, de preferência, derrotar o governador Helder Barbalho.
Pesos pesados em ação
Os sinais mais agudos da oposição a Helder Barbalho vêm de Paragominas, um dos principais e mais ricos municípios do nordeste do Pará, região onde a família do governador mantém negócios envolvendo a criação de gado, e atendem pelos nomes de Basílio Carloto, presidente da Coopenort; Osvaldo Pimenta, presidente do Sindicato dos Comerciantes; Tatiana Helena, presidente da Câmara de Vereadores no exercício do Executivo; Maxiely Scaramussa, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais; e Vanderlei Ataídes, presidente da Aprosoja, associação que, na eleição para o governo, concentrou apoio na eleição de Helder contra Simão Jatene. Em manifestação pública nesta semana, esse grupo, que representa o PIB da região, se uniu para convidar a população a receber o presidente Jair Bolsonaro na primeira visita ao município, dia 28 deste mês.
Veja o vídeo.
Marajó vai ao presidente
Não há ligação direta declarada de participação de Mário Couto com a visita de Bolsonaro, mas, coincidência ou não, um grupo de pecuaristas do Marajó, liderados pela Associação Rural e Pecuária do Pará, prepara documento para entregar ao presidente justamente em Paragominas, município que agora declara apoio à reeleição de Bolsonaro – e o Marajó, como se sabe, é território político e terra natal de Mário Couto, ex-senador pelo PSDB. As reivindicações dos marajoaras são por regulamentação fundiária, crédito rural e infraestrutura de transportes para o arquipélago, como pontes ou anel rodo-hidroviário.
Papo Reto
- Em Salinópolis, a população morre acreditando que a demissão do ministro da Educação ocorreu por causa da distribuição de mais de 5 mil exemplares da Bíblia com propaganda do governo federal.
- A informação é passada de boca em boca por um primo desafeto do prefeito Kaká Sena (foto), seu adversário político e pastor da igreja local.
- A Rádio Clube do Pará, a famosa PRC 5, completa 94 anos amanhã. Foi o sonho realizado de Edgar Proença, Roberto Camellier e Eriberto Pio dos Santos, fundando a 4ª emissora do País e a 1ª da Amazônia.
- O Grupo Paravidda passa por dificuldades e precisa de doações. A Ong, que dá assistência a pacientes com HIV – 1,5 mil pessoas em Belém -, tem enfrentado uma situação delicada com a pandemia da Covid-19.
- As doações de cestas básicas caíram 80% e o telhado está desabando com as chuvas. O Paravidda precisa do apoio de empresários para a reforma do telhado, e da população, para doações de alimentos.
- A produção de minério de ferro da Vale caiu 6% no primeiro trimestre. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve queda de 22,5% no volume produzido pela mineradora.
- Conselhos de Saúde questionaram o fim da emergência da pandemia, mas o Ministério da Saúde foi categórico: “Mantemos permanente diálogo com Estados e municípios e nenhuma política pública será interrompida com a medida”.
- Gol e Mercado Livre, que é líder nacional em comércio eletrônico, fazem parceria de dez anos para entrega de encomendas, devendo reduzir em até 80% o tempo de entrega para rotas mais longas.
- O mercado de soluções 5G no Brasil deve chegar a R$ 101 bilhões, com inúmeras possibilidades em áreas como inteligência artificial, processamento de dados, realidade aumentada e logística.