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Estudo produzido pelo Departamento Penitenciário Nacional permitiu o lançamento de relatório prévio sobre reincidência criminal, mas o Sistema Penitenciário do Pará não entrou com informações nem na base on-line e nem na base estática, as duas bases compartilhadas pelo Depen para elaborar o relatório. Sem conseguir sequer preencher as informações, o Estado inviabiliza os dados sobre reincidência criminal, deixando a população no escuro.
O relatório prévio foi produzido em parceria com a Universidade Federal de Pernambuco a partir de informações de movimentação de presos e indicadores elaborados a partir de sentenças proferidas por tribunais em processos criminais, dados da Receita Federal e SUS.
O estudo envolveu 979 mil presos e tem como linha temporal de análise do período de 2008 até 2021. A amostra valeu-se de dados de 13 Estados brasileiros: Acre, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio Grande do Norte, São Paulo e Tocantins, garantindo dados nacionais e por Estado pesquisado.
Números do estudo
Segundo o estudo, a média de reincidência no primeiro ano é em torno de 21%, progredindo até uma taxa de 38,9% após 5 anos, o que implica necessariamente que as medidas precisam ser tomadas no primeiro ano para que a taxa não atinja patamares de crescimento tão significativo ao longo do tempo. Outro ponto destacado no estudo aponta que a entrada para cumprimento de pena após saída por decisão judicial, fuga ou progressão de pena é que, da média de 21% das pessoas que reincidem no primeiro ano, uma média de 29% o faz no primeiro mês. Expandindo a análise para 3 meses, o número aumenta para 50%.
Proibido pesquisar
No caso paraense, chama a atenção o fato de que, quem acessa o site do Sistema Penitenciário não consegue mais ter acesso aos números relacionados ao Pará, que eram disponibilizados mensalmente, em clara demonstração de que a transparência passa longe na atual gestão. Assim, o número de custodiados e suas principais referências desapareceram sob a propaganda do governo do Pará.
Papo Reto
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