O presidente da Fiepa, José Conrado e os candidatos Alex Carvalho, pela situação, e a empresária Rita Arês, pela oposição: Justiça tem barrado sistematicamente processo eleitoral sob a alegação de irregularidades/Fotos: Divulgação.

Vêm de conhecida cidade do nordeste do Estado parte das orientações que alimentam a querela judicial envolvendo a eleição da Federação das Indústrias do Pará – Fiepa. Ontem, mais uma peça de resistência veio a público, desta vez com ataques diretos ao presidente da Federação, José Conrado, representada por petição em favor do Sindicato da Indústria de Confecções que, em suma, pede ao juízo até o afastamento do presidente e a condenação dos réus, além de anular todos os atos que antecederam o pleito e convocação de nova eleição para todos os cargos.

‘Tumultuar para atrapalhar’

A Fiepa insiste que todos os ritos previstos no Estatuto da instituição foram cumpridos, mas, segundo fontes da coluna no setor, as situações listadas na petição, um calhamaço de quase 50 páginas sob patrocínio de novo advogado, “não correspondem à verdade dos fatos”. Segundo as mesmas fontes, a direção da Federação já identificou o líder de cinco sindicatos ligados aos candidatos da chapa de oposição que supostamente estariam insistindo em ‘fazer mídia’ sustentando argumentos irreais perante a Justiça.

Na última eleição, interrompida por decisão judicial, Alex Carvalho foi eleito para substituir José Conrado concorrendo com a empresária Rita Arêas. Vinte e oito sindicatos se alinham com a situação, o que leva à noção de que a ideia é seguir tumultuando a todo custo um processo eleitoral em que a oposição tem uma minoria. “Sem voto, diz um diretor da Federação, querem ganhar no tapetão”.

Internet cara, preço alto
e muita propaganda das
operadoras de telefonia

O Brasil tem um sistema de internet entre os mais caros do mundo, mas apenas pouco mais da metade da população é conectada. A modernidade do sistema 5G só chegou aos grandes centros com mais de 500 mil habitantes, a minoria das cidades do País. Em compensação, o chamado ‘sinal’, mesmo nas grandes capitais, deixa muito a desejar, seja na telefonia ou nas redes sociais.

As operadoras de telefonia do mercado cobram muito caro pelo serviço, investem pouco em expansão das redes de comunicação e em novas tecnologias, gastando muito mais em propaganda.

Por sua vez, a agência reguladora do sistema, outra criação do governo federal, está mais para defender os interesses das empresas do que do consumidor. Resumo da ópera: o usuário é o último da fila.