Escola Estadual XV de Novembro, avenida Augusto Montenegro, Tenoné, Belém: reformado há menos de um ano, prédio não resistiu à chuva e revelou mais uma obra milionária para os cofres do Estado, mas de R$ 1,99 para a comunidade escolar/Fotos: Divulgação-Redes Sociais-Whatsapp.

O que menos faz da secretária de Educação do Pará, a auditora fiscal Elieth Braga, integrante de suposta lista de auxiliares elaborada pelo núcleo do governo Helder Barbalho que deverão ser substituídos ou remanejados em eventual segunda gestão é o que mais afeta a educação no Estado: os maus tratos a que são submetidos alunos e professores da rede estadual de ensino, ao passo em que o dinheiro público sai pelo ralo como jamais visto. Contando, ninguém acredita.

A administração da Educação no Pará tem se notabilizado, desde que a auditora Elieth Braga assumiu o cargo, pela gastança desenfreada, onde aparecem contratos de valores escandalosos para serviços tão pífios quanto os resultados da gestão. O sangradouro é um poço tão fundo que nem o Ministério Público vê. Contando, ninguém acredita.

Tudo bem que a Seduc optou por alugar imóveis para acomodar escolas – prática que, curiosamente, acontece no Banpará. São contratos milionários. No caso da rede pública de ensino, salta aos olhos o valor dos contratos de aluguel e, principalmente, os contratos que preveem reforma desses prédios alugados, que, quando retornarem aos respectivos donos, terão valor de mercado mais que dobrados graças ao meu, o seu o nosso dinheirinho investido.

Fiscalização zero

É como se, no curso dessas obras, o Tribunal de Contas do Estado nem queira ver, muito menos medir o serviço. Ao final de reformas e ampliações fartamente anunciadas pela propaganda oficial, a contabilidade é espantosa: obras milionárias são entregues à comunidade escolar como obras de R$ 1,99 – e ninguém cobra, ninguém diz nada, exceto a comunidade escolar, vítima recorrente da insanidade administrativa e da falta de respeito ao contribuinte.

Volta às aulas

A volta às aulas – se é que aconteceu – na Escola Estadual de Ensino Fundamental XV de Novembro, à Augusto Montenegro, bairro Tenoné, ontem, foi no pior dos cenários. Reformado há cerca de um ano, o prédio tem goteiras para todo o lado e muitas de suas dependências não resitiram à forte chuva. Contando, ninguém acredita.

Tem gente que vai se deitar para dormir e se incomoda com o pinga-pinga eventual de um ar-condicionado; outros são obrigados a frequentar uma escola recém-reformada pela operosa Secretaria de Educação do Pará dirigida pela auditora fiscal Elieth Braga invadida pela água da chuva em pleno verão e tem que ficar calada. Essa é a escola que o estudante merece?

De fato, contando, ninguém acredita.