Veja como são as coisas – e as pessoas.
A Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil em Santarém emitiu nota oficial subscrita por sua diretoria no último dia 1º, na qual demonstra preocupação em face dos atos ocorridos após o segundo turno das eleições de domingo 30. Nada demais, a não ser chamar a atenção sobre os bloqueios e a insurgência nas estradas federais diante do resultado da eleição para o cargo de presidente da República.
Data máxima vênia
Sem entrar no mérito do certo ou errado, a coluna ousa observar que a Ordem dos Advogados do Brasil nunca se manifestou em face de outros eventos relacionados a fechamento de rodovias por índios, invasores de terras e outros, sempre entendendo que toda manifestação emanada do povo é legítima.
Estranho também a Subseção de Santarém denominar o ato de ‘antidemocrático’, uma vez que Ordem é defensora de todas as classes e os caminhoneiros fazem parte de uma delas e não possuem partido político, até prova em contrário.
Silêncio profundo
Detalhe: a OAB no Pará, através de sua diretoria ou Conselho Seccional, até o momento não chancelou a nota da subseção de Santarém e não expressou o entendimento de que o ato foi e é ‘antidemocrático’.
Então, fica combinado assim: a Seccional e a subseção estão alinhadas ou existe um viés qualquer nessa história de carochinha?