Primo do governador, Alex Centeno, um dos doze candidatos inscritos para concorrer à vaga de desembargador no Tribunal de Justiça do Pará, é considerado ‘pole position’, mas provoca antipatias por onde passa. Kelly Garcia é uma das cinco mulheres que entram na disputa pela paridade de gênero/Fotos: Divulgação-Redes Sociais.

Com 12 candidatos habilitados até o encerramento desta edição – sete homens e cinco mulheres -, a escolha do novo desembargador seria feita pelo Conselho da OAB, não em eleição aberta. Duas inscrições, de candidatos de Santarém, previstas para até 17 horas, poderão alterar o quadro, se confirmadas.

Os presidentes das subseções da OAB Pará ficaram surpresos com a presença do candidato oficial, Alex Centeno, nas atividades institucionais da Ordem, em Santarém, oeste do Pará, onde está sendo realizado o Colégio de Presidentes. Os desavisados até posaram para fotos, pensando que se tratava do fotógrafo oficial do evento; só que não: era o fotógrafo do candidato, que se encontrava na mesa, inclusive durante o almoço.

Desde a confirmação da inscrição à disputa da vaga do Quinto Constitucional, aberta com a aposentadoria do desembargador Milton Nobre, Alex Centeno virou alvo, exceto da parte do grupo de bajuladores. Pelo parentesco com o governador, o grupo tem nele o ‘dono da vaga’, mas outros olhares atravessados tem nele um ‘intruso’, quando não um ‘usurpador’, por jogar o peso das influências em seu projeto de vida pessoal. Em Santarém, observador da cena avaliou: “Se fosse uma eleição convencional, o candidato Centeno seria abatido em pleno voo”.

Se Conselho fosse bom…

Definitivamente, a escolha do novo desembargador não ocorrerá através de uma eleição convencional. A simples presença do primo do governador na disputa quebra essa regra. De outra parte, diante do quadro de inscritos até o encerramento desta edição, a escolha não será em voto aberto, mas por decisão do Conselho da Ordem: apenas 12 candidatos estão inscritos – sete homens e cinco mulheres, a maioria dele clamando aos céus por mais duas inscrições, vindas de Santarém, para somar 13 candidatos. Abaixo disso, a decisão da vaga será do Conselho, espécie de ‘tapetão’, onde tudo pode acontecer, inclusive nada.

Mulheres e a paridade  

As mulheres advogadas do Pará entraram para valer na disputa pela vaga destinada à OAB no Tribunal de Justiça. Com o lema “Vamos, juntas, eleger a 1ª mulher advogada para desembargadora na vaga da OAB”, a advogada Kelly Garcia garantiu inscrição na última segunda-feira, fechando o grupo de cinco mulheres na disputa. 

Kelly Garcia conta com apoios de colegas mulheres e homens. No momento da inscrição estava acompanhada de Brenda Araújo, Jorge Borba e Sábio Barreto. “Minha candidatura significa a vitória de todas nós, mulheres, que conquistamos paridade de gênero na lista sêxtupla para o Quinto Constitucional. Sempre trabalhei como advogada, batalhando com amor pela advocacia e muita independência. Tenho carreira consolidada e experiência para assumir a vaga no Tribunal de Justiça e me sinto preparada para representar a classe, com humildade, transparência e compromisso com a Justiça”, disse ela. 

Papo Reto

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• A Caixa registrou lucro de R$ 1,9 bilhão no primeiro trimestre. O resultado foi 5,3% inferior ao registrado no último trimestre de 2022 e 23,9%, na comparação com igual período do ano passado.
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