Obras do BRT Metropolitano, que sofreram a última paralisação por causa da saída da Construtora Odebrecht do projeto, devem ser concluídas em março do ano que vem, segundo o Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano, mas há divergências. Audiências para licitação de ônibus serão feita até junho/Divulgação.

O governador Helder Barbalho saiu da visita às obras de construção do BRT Metropolitano, ontem, plenamente convencido pelo chefe do Núcleo de Gerenciamento de Transporte Metropolitano, o engenheiro Eduardo Ribeiro, de que o projeto inteiro estará pronto, acabado e apto a operar 100% a partir de março do ano que vem. A certeza é tanto maior que, ainda neste semestre, estão previstas audiências públicas em Belém, Ananindeua e Marituba para tratar da licitação das linhas de ônibus. O BRT Metropolitano

 envolve 10.8 quilômetros da BR-316 e prevê integrar o sistema de transporte e melhorar a mobilidade urbana para quase 2,5 milhões de pessoas na região metropolitana.

Durante a visita do governador, ficou definido que, até junho agora será concluído o viaduto de Ananindeua, que interligará o terminal e à Avenida Ananin, cujas obras estão em andamento. A nova avenida ligará a BR-316 aos bairros do Paar, Conjunto Guajará e Cidade Nova. Também está prevista a conclusão das obras civis, como os terminais de integração Ananindeua-Marituba e o Centro de Controle Operacional, que concentrará a operacionalização do sistema integrado de transporte, também em março de 2023.

Engenheiro diz que
prazo depende de São Pedro

De um experiente engenheiro civil ouvido pela coluna depois da visita do governador Helder Barbalho às obras do BRT Metropolitano e da previsão de conclusão do projeto: “Não tive acesso ao cronograma da obra, mas posso garantir que este BRT não ficará pronto nem até o final de 2023. Para que o projeto esteja concluído dentro do especificado, serão necessários dois períodos de grande estiagem: o primeiro, se iniciando em maio deste ano e indo até dezembro, se São Pedro assim o permitir; o outro período, no ano que vem, na mesma época, se São Pedro concordar. O resto é potoca”. A conferir.

Procuradoria da República
arquiva representação

A procuradora da República Gabriela Tavares Câmara decidiu pelo arquivamento de representação envolvendo o governo do Pará por conta do projeto de construção da chamada Estrada da Liberdade, cujo traçado, a partir da avenida Perimetral, às proximidades do campus da IFÀ, no bairro do Guamá, passaria por área de propriedade da União sob posse da Universidade Federal Rural da Amazônia, a Ufra, com impactos em unidade de conservação de proteção integral, na comunidade quilombola Abacatal, em Ananindeua e mananciais de abastecimento de água na Região Metropolitana de Belém.

Estrada da Liberdade
não existe nem no papel

Em documentos expedidos pelo governo do Estado ao Iphan, Ideflor e Incra consta a informação de que foi protocolado na Secretaria de Meio Ambiente carta consulta solicitando termo de referência para elaboração de estudos ambientais necessários ao licenciamento ambiental do projeto e pedido de subsídios para definir o instrumento necessário ao licenciamento prévio. Questionado pela Procuradoria da República, porém, o governo do Pará negou a existência de elementos concretos sobre o empreendimento, o que determinou o arquivamento da representação até eventual concretização do fato.