Depois de um período administrativo tumultuado, entregue a gestões cujos resultados deixaram a desejar, uma vez voltadas mais para a seara política, a Emater recebe novo presidente, que chega falando alto/Fotos: Divulgação.

Novo presidente da Empresa de Extensão Rural do Pará, Joniel Vieira tem pressa. Recorreu a artigo de decreto estadual e deu prazo de três dias para os responsáveis pelas diretorias Técnica e de Administração e seus subordinados apresentarem documentos deixados pela gestão anterior para que possa redirecionar a empresa, com um aviso: o atraso na remessa do pedido implica pena de infração disciplinar. Veja o que o presidente quer em três dias sob sua mesa:

  • · Contratos, convênios, termos e acordos de cooperação técnica
  • · Relação dos fiscais de contratos
  • · Relatórios de patrimônio do Sispat
  • · Relatório demonstrativo de atividades do sistema Ticket log
  • · Relatório de lotação dos funcionários das terceirizadas
  • · Demonstrativo do planejamento orçamentário e financeiro pré-definido 2023
  • · Agenda de ações e eventos pré-definidos para 2023
  • · Demais informações, documentos de atribuição e responsabilidade de cada diretoria, coordenadoria, núcleo e seção em forma de relatório demonstrativo

“Bora trabalhar”?

Indicado pelo deputado estadual de primeira viagem Josué Paiva, do Republicanos, eleito 36.874 votos, oriundos de municípios do oeste do Pará, Josiel só faltou fechar o expediente – que, por óbvio, assombrou meio mundo na empresa, diante da herança deixada por gestões anteriores reconhecidamente temerárias -, com o jargão: “Bora trabalhar!”.

Com agro claudicando nos
quatro cantos do País,  preço
do ovo bate no teto

Desde o resultado da eleição presidencial, ano passado, a situação do poderoso segmento agro no Brasil entrou no modo turbulência. Depois da pose do presidente Lula, a situação se agravou e, desde então, soube-se da desmobilização de diversas iniciativas no agronegócio nacional, inclusive no Pará, especialmente à região de Carajás e Paragominas.

Até mesmo na promissora região de Castanhal e entorno foi verificada a suspensão de projetos de expansão do setor. Agora, os varejistas paraenses estão tendo que conviver com um inédito redução da oferta de ovos, com aumento expressivo dos preços, havendo mercadinhos em que a unidade está sendo comercializada a mais de R$ 1.

Comerciantes que encomendam dez caixas de ovos ao produtor só recebem duas, quando muito, se receberem. Gerentes de abastecimento também já reportam a redução do fornecimento de algumas latarias, legumes, frutas e até do sofisticado bacalhau.

Não é à toa, a Serasa Experian reportou aumento no número de falências e encerramento de empresas em janeiro deste ano, o que remete à conclusão de que alguma coisa deve estar fora de ordem.