Proposta encaminhada à Assembleia Legislativa com pedido de autorização de empréstimo de R$ 800 milhões repara os resultados desertos de editais lançados para obter financiamento diretamente da rede bancária privada/Agência Pará.
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O governo Helder Barbalho decidiu ultrapassar, que nem um bólido, todos os limites da razoabilidade administrativa ao encaminhar à Assembleia Legislativa projeto “reparador” de pelo menos cinco tentativas frustradas de tomar dinheiro emprestado da rede bancária através de editais públicos. Como todos os editais – prevendo empréstimo de R$ 800 milhões para pavimentar sua reeleição sem concorrência – resultaram desertos, sua excelência, que tem quase a totalidade dos deputados estaduais a seus pés, encontrou o caminho das pedras: caberá à Assembleia Legislativa assinar cheque em branco para o chefe de Estado dar vazão à sua sanha perdulária e predatória.  

O futuro a Helder pertence

É um fato histórico e perigoso. Nunca, jamais, em tempo algum um governante do Pará emprestou tanto, gastou tanto e fez tão pouco, correndo para deixar um legado não de obras, mas de dívidas que a população terá que bancar nos governo futuros, com o terrível viés de que os sucessores do atual governador, seja lá quem for, terão que lidar com a inevitável incapacidade de investimentos, uma vez que a dívida contraída em apenas quatro anos de gestão implica compromissos orçamentários futuros. É assustador, mas, pelo que se vê, no governo Helder Barbalho vale tudo por dinheiro. Simples assim.

O caminho do porto seguro

O novo projeto de Helder seguiu o mesmo caminho e estilo de tantos outros inaugurados pelo governo para chegar ao porto seguro sem alardes: saiu da Casa Civil em regime de urgência, pousou sobre a mesa do presidente da Assembleia Legislativa, Chicão Melo, e foi encaminhado, com as devidas recomendações, à análise da Comissão de Constituição e Justiça. Com o rito interno sob controle, o projeto só não vai causar maior espanto ao chegar ao conhecimento dos demais parlamentares por três razões: já veio a público, nada mais causa espanto aos nobres deputados e, enfim, porque está tudo dominado.  

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Papo Reto

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  • O ex-senador Flexa Ribeiro (foto) passou a ligar, pessoal e freneticamente, dia e noite, para assediar vereadores, ex-prefeitos e lideranças políticas elogiando o “governo sério e honrado de Helder Barbalho, que me acolheu”, e falando cobras e lagartos do ex-governador Simão Jatene.
  • Só para lembrar o falecido senador Jarbas Passarinho, que Flexa Ribeiro conheceu muito bem: “A gratidão é um fardo que se despacha na primeira esquina”.
  • O prefeito de Belém terceirizou a cidade para o governador Helder Barbalho. Obras que seriam de Ed51 levam a assinatura do governador. Era uma vez uma liderança de esquerda.
  • Enquanto o secretário de Economia de Belém, Apolônio Brasileiro, vive pendurado no celular “falando com Zé Dirceu”, a cidade segue bagunçando geral, com bares e ambulantes rasgando o Código de Postura, desde que se declarem “favoráveis à esquerda” decadente. 
  • Nem a Equatorial, muito menos as empresas de telefonia sabem, mas a coluna revela: quem arrebentou o cabo de fibra ótica e deixou centenas de usuários sem Internet por três dias em Icoaraci foi a carreta da aparelhagem Cineral.
  • Diretor da Rádio Educadora de Bragança, padre Ari, transferido para a Paróquia de Tracuateua, não deixou a função na emissora católica. Como não tem tempo para as duas coisas, a rádio virou uma bagunça.
  • A professora Keyla Catette será condecorada Comendadora pelos serviços prestados à Robótica Educacional no Estado. O título será concedido pelo deputado estadual delegado Nilton Neves.
  • Corre à boca pequena que moradores da antiga 25 de Setembro, atual Romulo Maiorana, têm se reunido, informalmente, para cobrar explicações da Prefeitura de Belém sobre o anunciado projeto de revitalização da artéria. A comunidade, dizem, não foi ouvida.
  • Essa avenida tem história interessante. Na administração Hélio Gueiros, a prefeitura foi impedida de fazer qualquer intervenção no traçado da rua por moradores – que o diga o jornalista Edir Gillet.