Participação da Polícia Civil do Estado na operação que resultou na morte do líder do tráfico, festejada pelo secretário Ualame Machado, se explica: “L41” atuava no Rio de Janeiro, mas comandava as operações no Pará.   

A operação da Polícia do Rio de Janeiro – com participação da Polícia Civil do Pará -, que resultou na morte do líder do Comando Vermelho em território paraense, Leonardo Costa Araújo, o “L41”, ocorrida em São Gonçalo, no Complexo do Salgueiro, deve ter tirado um peso das costas do secretário de Segurança Pública, Ualame Machado: “Não ousam permanecer no Pará”, bradou o secretário nas redes sociais, ontem.

Contudo, tão logo o homem apontado como chefe do tráfico no Pará foi dado como morto, começaram a circular em grupos de Whatsapp mensagens de ameaças a servidores da Segurança Pública do Estado, embora o secretário não tenha se manifestado sobre esse assunto.

No vai da valsa

Para observadores da cena paraense, o secretário estaria apenas surfando na prancha da Polícia do Rio de Janeiro. Explica-se: a Polícia do Pará participou da operação porque Leonardo Costa Araújo, o “L41”, chefe da organização no Pará, atuava no tráfico do Rio de Janeiro, onde virou alvo. Não fosse por isso seria muito difícil…

O Comando Vermelho é a facção mais atuante no Pará. Está presente em várias regiões do Estado e em presídios estaduais. Então, como é que o secretário de Segurança Pública sai com a frase de efeito “Não ousam permanecer no Pará”? Acaso Conselheiros Finais, Torres e Idealizadores de Missão não estão praticamente todos em território paraense?

Conforme relatos da própria Polícia do Pará, a organização possui uma estrutura com cargos e funções de confiança devidamente delineados como gerência “empresarial” de negócios praticados pelos seus integrantes, além de vários cargos individuais e outros distribuídos em órgãos colegiados, todos atuando em conjunto.

Novo comandante

As lideranças da organização estão no Rio de Janeiro devido à parceria com a vertente no Pará, que é muito forte, desde 2018. Com a morte de “L41”, comenta-se que Anderson Sousa Santos “Anderson Latrô”, vice-presidente da organização, deverá assumir o comando no Pará onde, os dias dirão, infelizmente, a facção continuará com suas atividades.

Papo Reto

• Farra sem trégua. Enquanto o setor pega fogo de Norte a Sul do País e a pasta permanece com raros servidores, o ministro da Pesca, deputado licenciado André de Paula (foto), segue autorizando viagens para o exterior.
• As servidoras Erina Batista Gomes e Akeme Milena Matsunaga foram liberadas para participar de uma tal 18ª Reunião da Comissão de Pesca e Aquicultura de Artesanal “em pequena escala” para a América Latina e o Caribe, em São José da Costa Rica.
• Além de açodada é no mínimo estranha a rápida conclusão da investigação da PF dando conta de que o movimento de sequestro e morte do ex-juiz e senador Sérgio Moro estaria sendo financiado pelo tráfico internacional.
• A China suspendeu o embargo à carne bovina brasileira, depois que o caso “mal da vaca louca”, verificado em Marabá, foi considerado “isolado e atípico”.
• Segundo o Itamaraty, Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia ainda mantêm os bloqueios às importações do produto.
• Não é nada, não é nada, a arrecadação federal atingiu R$ 158,99 bilhões em fevereiro, maior valor da série histórica, iniciada em 1995, 1,19% acima da inflação.
• Já a Caixa registrou lucro de R$ 9,2 bilhões em 2022, com o saldo na carteira de crédito total de R$ 1 trilhão e crescimento de 16,7% sobre 2021.
• Consumo nos lares brasileiros, por sua vez, cresceu 1,44% no bimestre.
• As quedas mais expressivas foram debitadas à cebola (31,82%) e tomate (6,30%), cortes de carne traseiro (1,14%) e dianteiro (3,33%) e frango congelado (1,71%).