No passado, o candidato ao governo do Pará, Helder Barbalho, tinha ao lado o ex-prefeito Joaquim Lira Maia. Hoje, corre o risco de perder o apoio do atual prefeito de Santarém, Nélio Aguiar/Foto Divulgação.

Não custa repetir: o povo da região do Baixo Amazonas não gostou nenhum pouquinho da fala do governador do Pará, Helder Barbalho, em suas redes sociais, dizendo claramente  “não” à criação do Estado do Tapajós, sonho de onze entre dez habitantes da região. Até porque a justificativa do governador é de que, desde que assumiu o comando do governo, se faz “presente por todo o Pará”. Bem, presente Helder pode até estar, mas, cadê as obras? Para começar, a população se ressente – e muito – até de água para beber, e fazer o básico em uma região tão farta é tentar encobrir o sol com a peneira.

O que o governador “acha”  
não é o que o povo quer

No mais, procuram-se as ditas obras que o governador “acha” que são suficientes para os moradores da região se sentirem mais do que satisfeitos e, por isso mesmo, desistirem do sonho acalantado há décadas de ter um Estado para chamar de seu. Brincando, brincando, o sentimento separatista envolve nada mais, nada menos do que 23 municípios.

Manifestação dura não
respeitou melindres

Aliás, o governador Helder Barbalho escolheu a pior forma de se manifestar contra a criação do Estado do Tapajós. Tentando parecer duto, deu um tom muito acima do que se recomenda para um assunto tão melindroso. Posição, aliás, sempre defendida pela classe política de Santarém e dos demais municípios da região. Se a postura de Helder foi para aguardar a população da capital, de Belém, a emenda saiu pior que o soneto.

Perguntar não ofende:  
onde anda Lira Maia? 

O que diria agora o ex-prefeito de Santarém Joaquim Lira Maia, tido como grande liderança da região, que foi candidato a vice de Helder Barbalho na primeira investida ao governo do Estado, vendo a postura 2021 governador. Dois pesos, duas medidas. 

No frigir dos ovos,  
votos para Beto Faro

Enquanto isso, os senadores Zequinha Marinho e Paulo Rocha foram simplesmente “rifados” pelos veículos de comunicação da família do governador Helder Barbalho,  como forma de atender a nova postura em relação à criação do Estado do Tapajós. E olha que eles nem se manifestam contra ou a favor. O que se conclui é que, definitivamente,  Paulo Rocha não será o candidato do Helder ao Senado, não é deputado Beto Faro?